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O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, durante reunião com parlamentares das bancadas aliadas na sede do governo de transição
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, durante reunião com parlamentares das bancadas aliadas na sede do governo de transição| Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga disse que as ideias do futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a área econômica estão se afastando daquilo que ele acredita e por isso ele não aceitaria um eventual convite para fazer parte da próxima administração federal. As afirmações foram feitas à CNN, na quinta-feira (10), após o discurso de Lula, presidente eleito, que contribuiu para a queda da bolsa de valores e para a alta do dólar.

Fraga declarou apoio ao ex-presidente no segundo turno da disputa pelo Palácio do Planalto. Segundo ele, apesar de já ter a intenção de optar pelo PT, a eleição de um Congresso conservador foi o que o motivou a divulgar publicamente o voto em Lula.

Na quinta-feira (10), o petista mais uma vez tratou do furo ao teto de gastos, da estabilidade fiscal e questionou a necessidade de cortar despesas. "Por que pessoas são levadas a sofrer para garantir a tal da estabilidade fiscal nesse país? Por que toda hora as pessoas dizem que é preciso cortar gastos, que é preciso fazer superávit, que é preciso ter teto de gastos?", afirmou.

Além das declarações do presidente eleito, a alta da inflação e as incertezas quanto à montagem da nova equipe econômica colaboraram para a reação negativa do mercado financeiro.

Lula comentou o “nervosismo do mercado” e disse que nunca viu um tão sensível quanto o brasileiro. "Eu nunca vi um mercado tão sensível como o nosso. É engraçado que esse mercado não ficou nervoso com quatro anos do Bolsonaro”, disse o petista ao deixar o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição.

Já o vice-presidente eleito e coordenador da equipe de transição, Geraldo Alckmin (PSB), tentou amenizar a situação e disse que a responsabilidade fiscal não é incompatível com a questão social.

"Se alguém teve responsabilidade fiscal, foi Lula. Isso não é incompatível com a questão social. O que precisa é a economia crescer, esse é o fator relevante. Essas oscilações do mercado no dia de hoje tem inclusive questões externas além da questão local", comentou Alckmin.

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