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Após cinco quedas seguidas, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registra forte valorização na tarde desta terça-feira (28), em dia otimista nos mercados financeiros. Às 15h47, o Ibovespa - referência para o mercado brasileiro - mostrava valorização de 9,61%, aos 32.262 pontos.

Os investidores trabalham na expectativa da definição da taxa de juros nos EUA e no Brasil, na quarta-feira (29). No país, também se espera para amanhã o anúncio de novas linhas de crédito entre R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões para o setor de construção civil, conforme adiantado hoje pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

A alta resiste mesmo ao fato de o Banco da Inglaterra, o banco central britânico, estimou que as perdas globais para bancos e investidores na crise financeira podem chegar a US$ 2,8 trilhões. O número é equivalente a mais de duas vezes o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro (de US$ 1,3 trilhão, segundo dados do Banco Mundial).

Com isso, as instituição financeiras globais preparam fundos de socorro para países emergentes. Após ajudar países como Ucrânia, Islândia, Hungria e Paquistão, o Fundo Monetário Internacional (FMI) estuda a criação de uma nova linha de crédito para países emergentes que têm boa situação macroeconômica, mas estão sofrendo por causa do contágio da crise internacional.

Nos Estados Unidos, o índice de confiança do consumidor - que registra a avaliação da população americana para a economia atual e futura - registrou em outubro nível histórico de baixa ao situar-se em 38 pontos.

Cenário mundial

As bolsas de Nova York operam em alta no dia. Por volta das 15h15, o índice Dow Jones - referência para o mercado de Nova York - subia mais de 3%. Os indicadores Nasdaq e Standard & Poor's 500 também registravam alta.

As bolsas da Europa fecharam com valorização, com destaque para Frankfurt, que teve alta de mais de 11% puxada pela disaparada das ações da Volkswagen, que chegou a tornar-se a maior empresa do mundo no dia por conta da valorização de suas ações. Em outros mercados, Londres subiu quase 1,9%, enquanto Paris valorizou-se 1,55%.

Na Ásia, o dia também foi de altas. O índice Nikkei da Bolsa de Tóquio, que chegou a operar no vermelho no início desta terça, fechou o dia em alta de 6,40%. A Bolsa de Valores de Seul, na Coréia do Sul, também mostrou recuperação. Seu mais importante índice, Kospi, encerrou com ganhos de 5,57%. Em Xangai, a alta foi de 2,81%.

Quinta queda seguida

Na segunda-feira, a Bovespa, que operou em queda durante todo o dia, acumulou forte desvalorização no fim do pregão, acompanhando a piora do humor de Nova York. Com isso, o índice fechou abaixo dos 30 mil pontos pela primeira vez em exatos três anos, desde outubro de 2005.

O índice Ibovespa - referência para o mercado brasileiro - teve baixa de 6,5%, fechando aos 29.435 pontos. O volume de negócios mostra que a bolsa está atraindo um número menor de investidores. No dia, ficou em R$ 3,24 bilhões, bem abaixo dos R$ 6 bilhões que eram registrados no primeiro semestre.

Com a intensificação da queda no fim do pregão, além de cair abaixo do patamar de 30 mil pontos, a Bovespa acumulou a quinta desvalorização seguida, acumulando, desde a última terça-feira, queda superior a 25%. Desde o início do ano, as perdas do índice já encostam em 54%. Em relação ao "pico" do Ibovespa, em 20 de maio (73.516 pontos), a queda é de 59,96%.

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