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Durante sua conferência anual para desenvolvedores, o WWDC, realizado entre esta segunda (8) e esta sexta (12), a Apple apresentará um novo aplicativo de música por streaming, que se somará ao iTunes Radio e é o resultado da aquisição do serviço Beats, realizada em maio do ano passado.

Também haverá novidades acerca do sistemas para dispositivos móveis, o iOS, e do para computadores Mac, chamado OS X.

O chamado keynote, principal apresentação, que deve ter os executivos Tim Cook e Craig Federighi, entre outros, está marcado para começar às 10h locais (14h de Brasília).

A informação sobre o novo produto de música da fabricante do iPhone foi revelada neste domingo (7) pelo presidente-executivo da Sony Music, Doug Morris, durante evento em Cannes, na França.

A imprensa especializada em tecnologia diz que o “Apple Music”, como pode ser intitulado, custará menos que os possíveis competidores (Deezer, Google Music All Access, Rdio, Spotify, Tidal), a US$ 10 (cerca de R$ 31) em vez de US$ 15 (R$ 47). Não há informações sobre em que mercados deve ser introduzido primeiro.

Streaming

Streaming é o método “progressivo” para conteúdo multimídia, que permite a execução antes do fim do download, adotado por Netflix, Spotify e YouTube, por exemplo. Normalmente, usuários têm de pagar uma mensalidade para ter acesso aos serviços de música do tipo, e há uma pressão legal de gravadoras para que não haja qualquer conteúdo acessível gratuitamente por meio deles.

Morris, da Sony, também afirmou durante sua conferência que o possível Apple Music será um “divisor de águas” para a transição do modelo de venda de música (tanto em formatos físicos quanto digitais) para o de assinatura, relata o site VentureBeat.

“O que eles têm a agregar? [ao segmento] Bom, a Apple tem US$ 178 bilhões em caixa e dados de 900 milhões de cartões de crédito no iTunes”, disse. “O Spotify nunca fez publicidade porque não dá lucro. Acho que a Apple deve fazer propaganda disso [seu futuro produto de música] loucamente, e isso terá um enorme efeito no negócio de streaming.”

A aquisição da Beats Music e da Beats Electronics (fabricante de populares e chamativos fones de ouvido) pela Apple se deu em maio do ano passado, em negociação de US$ 3 bilhões.

Dominância da App Store é ameaçada pela Google Play, que já geraria mais receita do que a loja da Apple | Dado Ruvic/Reuters

Apple estuda reduzir “taxa” de sua loja de aplicativos

Empresa estaria planejando diminuir sua fatia nos lucros para atrair mais desenvolvedores

A Apple está planejando modificar o modelo econômico criado para a loja online de seus aparelhos, a App Store, diz o jornal britânico Financial Times. O diário afirma que a companhia vai diminuir o “imposto” de 30% sobre a receita arrecadada dos aplicativos vendidos em sua loja. A mudança estaria sendo negociada com grandes empresas de mídia.

Segundo o FT, as empresas de música, em particular, estão tendo problemas com a perda de 30% de sua receita para a Apple.

O modelo atual de 30% para a loja e 70% para os desenvolvedores foi criado por Steve Jobs em 2003 ao criar a App Store, e acabou sendo seguido por grande parte das lojas virtuais lançadas desde então, entre elas as do Google e da Amazon.

Para o FT, diminuir a fatia da Apple tornaria a App Store mais atrativa para os desenvolvedoras em um momento em que sua dominância é ameaçada pela Google Play. De acordo com algumas estimativas, a loja da concorrente já geraria mais receita do que a da Apple.

Nesta segunda-feira (8), a expectativa é de que a Apple apresente também um modelo de assinatura mensal para uso ilimitado de músicas e rádio na App Store, por US$ 10. O modelo imitaria o que é utilizado por sites de streaming como o Spotify.

Lançamentos

Voltada para programadores, a conferência realizada em San Francisco deve ter muitas novidades acerca da facilitação do processo de criação, de testes e de adaptação para novas plataformas de aplicativos, mas a Apple também pode mostrar o que o usuário receberá no iPad, no iPhone e nos Macs em breve.

Um aguardado e hipotético anúncio é o de um novo Apple TV, o set-top box da marca para o uso de serviços como Netflix na televisão, que poderia ser transformado em uma central para aparelhos de casa conectada, segundo o site Macworld. No WWDC passado, a companhia lançou uma plataforma para fabricantes criarem lâmpadas, fechaduras, eletrodomésticos e outros produtos que “falam” com aparelhos da Apple.

Esse lançamento pode ser adiado, contudo, por um atraso no seu desenvolvimento, segundo o jornal “The New York Times”.

O aplicativo de localização para os dispositivos móveis e computadores da Apple, o Maps, também será objeto de mudanças, segundo o Macworl, e deve ganhar informações de transporte público em algumas poucas cidades –Nova York e San Francisco –, um sistema de localização “indoor” para shoppings e museus e a função de buscar restaurantes e atrações turísticas próximas do usuário, diz o site.

Uma nova ferramenta de desenvolvimento de aplicativos para o relógio Watch –que a Apple anunciou que chegará a mais seis países neste mês, mas não ao Brasil – também pode ser apresentada, segundo o site Quartz.

Os novos sistemas iOS 9 e OS X (que ainda não teve um possível nome revelado) deverão ser melhor integrados ao relógio feito pela empresa, diz o site.

O iOS 9, ou como for chamada a próxima edição do software, deve receber incrementos na segurança, com melhor criptografia e, supostamente, o fim do “jailbreak” (técnica que permite o uso de aplicativos pirateados), segundo o site do jornal “The Telegraph”.

O periódico britânico diz que o sistema de pagamentos móvel Apple Pay pode ser introduzido no Reino Unido.

A publicação menciona, ainda, os rumores que surgiram em torno de um possível carro feito pela empresa, apesar de admitir a improbabilidade do anúncio.

Um novo iPhone é esperado só para o fim do ano. A Apple costuma “fechar” o ciclo anual de seu telefone entre setembro e outubro.

Segundo o 9to5Mac, uma nova fonte tipográfica, chamada San Francisco, será apresentada no evento, e terá legibilidade melhor para telas pequenas como a do Apple Watch.

O evento terá cerca de 5 mil desenvolvedores, que pagaram ingressos de US$ 1.599 (cerca de R$ 5 mil), e tomará lugar no centro Moscone, onde Google e Microsoft também fazem seus megaeventos para programadores.

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