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Foz do Iguaçu – Preocupado com o fornecimento interno, o governo da Argentina impôs um sobrepreço no óleo diesel e na gasolina vendidos a consumidores estrangeiros. Uma resolução federal emitida pela Secretaria de Energia da Argentina determina que os postos de cidades próximas às fronteiras cobrem pelo diesel o mesmo valor praticado nas cidades dos países vizinhos. A gasolina poderá ser no máximo 20% mais barata do que no outro lado fronteira.

O sobrepreço foi estabelecido porque a venda dos produtos nas áreas fronteiriças supera em 2% a média nacional. A medida, que inclui todos os estabelecimentos localizados na faixa de fronteira, tenta frear o contrabando de combustíveis, feito por caminhões com tanques extra disfarçados nas carrocerias. Atualmente, os preços na Argentina são até 50% menores em relação aos cobrados em Foz do Iguaçu, por exemplo. A estratégia, portanto, seria uma alternativa de se "garantir o abastecimento do mercado interno de hidrocarbonetos (petróleo e gás)", diz a resolução.

Em Puerto Iguazú, alguns postos já estão se preparando para as mudanças. Técnicos em informática a serviço das companhias petrolíferas finalizam os preparativos de todo o sistema de cobrança nos caixas e nas bombas. Cartazes em espanhol e português vão informar sobre as resoluções e os novos valores dos combustíveis.

O preço diferenciado para o óleo diesel começou a vigorar ontem e o da gasolina, em 1.º de setembro. Neste caso, a gasolina em Puerto Iguazú passará a custar o equivalente a R$ 1,95 o litro, já que em Foz do Iguaçu o litro custa em torno de R$ 2,52. O diesel passa de R$ 1,26 para R$ 1,97.

Os postos serão obrigados ainda a oferecer pelo menos uma bomba exclusiva para os veículos estrangeiros. Aqueles que não cumprirem a determinação poderão ser multados em até 300 mil pesos (R$ 240 mil). O aumento não será aplicado a carros com identificação diplomática.

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