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Adriane Curi, vice-presidente da  Associação Comercial do Paraná (ACP) | Divulgação
Adriane Curi, vice-presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP)| Foto: Divulgação

A força jovem

Uma entidade centenária, representante das empresas mais tradicionais de Curitiba, pode parecer um ambiente exclusivo de grandes, ricos e poderosos. Mas na Associação Comercial do Paraná (ACP) também há espaço para os pequenos e, principalmente, para os jovens. É o que garante a vice-presidente da entidade, Adriane Curi (foto). A advogada coordena o Conselho do Jovem Empresário da ACP, trabalhando para atrair jovens empreendedores para somar forças à entidade. Ela conversou com o repórter Alexandre Costa Nascimento sobre este trabalho.

O que atrai os jovens para o mundo dos negócios?

Muito se diz que o brasileiro é um povo empreendedor, mas o que explica isso, na maioria das vezes, é a própria necessidade. Muitas vezes, o jovem sai de um emprego e decide abrir o próprio negócio com o dinheiro da rescisão. Infelizmente, os programas governamentais dão o foco no "meu primeiro emprego" enquanto deveriam incentivar o "meu primeiro negócio", para que o jovem empresário não tenha que "quebrar" três ou quatro vezes antes de ser bem sucedido.

O jovem representa a maioria na classe empresarial?

A ACP não tem esses dados estatísticos, mas a percepção é de que a participação do jovem é muito equilibrada [em relação a outras faixas etárias]. Com o diferencial de que o jovem empreende mais, mas de forma solitária. Por isso buscamos atrair os jovens para o associativismo, mostrando as vantagens de se unir para criar uma força representativa.

Qual o perfil do jovem empreendedor?

O fator positivo da juventude nos negócios é a mentalidade inovadora. Hoje, o que diferencia um negócio do outro é a agilidade e a inovação – e o jovem é rápido e inovador por natureza. Isso faz muita diferença. Mas a soma de uma série de fatores – como o despreparo – impede onegócio de ir em frente.

Quais as iniciativas do Conselho Jovem para qualificar esses empresários?

Nosso trabalho é no início da cadeia, mostrando os fatores que podem fazer a diferença. Temos um programa chamado "Bumerangue de Idéias", que promove palestras com empresários bem sucedidos, à frente de grandes empresas, que falam sobre sua trajetória profissional. Isso ajuda acriar boas referências. Além disso, em parceria com o Sebrae, oferecemos consultorias específicas.

Ao que parece, os compradores dos 560 apartamentos do Botânica, da Abyara, já podem se imaginar pegando as chaves. Na semana passada, a construtora JL acertou detalhes finais de contrato e começou a limpar o terreno, no bairro Jardim Botânico, para começar as obras em dezembro. A Abyara também garante que suas dificuldades financeiras não vão interferir em outro projeto, o Reserva Ecoville, que tem 392 apartamentos e 52% das unidades vendidas.

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A Abyara, que cancelou novos lançamentos por todo o Brasil (inclusive dois em Curitiba), está vendendo terrenos e reduzindo custos para quitar dívidas de curto prazo. São R$ 268 milhões, de um total de R$ 444,8 milhões. O endividamento não deve respingar no andamento das obras já lançadas – uma sociedade de propósito específico para cada empreendimento garante que os recursos dos projetos não se misturem. A Caixa financia o Botânica, o Reserva Ecoville e mais 75,4 mil unidades residenciais no país.

Quanto mais quente melhor

A alta do dólar reanima o turismo doméstico. Flávia Buiati, diretora financeira do Rio Quente Resorts, não ignora os efeitos da crise no bolso de seus clientes, mas se diz confiante num bom 2009. Ela prevê que, com passagens e hospedagens no exterior mais caras em reais, o brasileiro estude com mais carinho os destinos nacionais neste verão.

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O otimismo, mesmo que parcial, dos executivos do Rio Quente – um dos maiores complexos hoteleiros de campo do país, localizado no interior de Goiás – manteve de pé o investimento de R$ 114 milhões até 2011, para a construção de um novo hotel e um campo de golfe de 18 buracos.

Em tempo: as 7 mil reservas para o pacote de Natal no resort, ao preço médio de R$ 2,5 mil por pessoa, se esgotaram no início de outubro – mais cedo do que no ano passado.

Crédito do compulsório

Aos poucos, pinga no mercado o dinheiro do compulsório liberado pelo BC para que grandes casas bancárias comprem carteiras de crédito de instituições pequenas. O Paraná Banco, que tinha como meta repassar R$ 400 milhões, ou 27% da carteira, já fez a cessão de R$ 189 milhões. Quem comprou o quê é segredo. O dinheiro chega em momento delicado, com o volume de depósitos em queda.

Expansão

A rede paranaense de cinemas Cinesystem põe sua marca em mais um multiplex no interior de São Paulo. Depois de Campinas, seis salas de cinema em São José dos Campos (SP) serão abertas no shopping Vale Sul. Uma delas é equipada com projeção em 3D, imagem e áudio com chancela da THX – empresa criada por George Lucas que projeta salas de exibição. O investimento é de R$ 2,5 milhões.

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Criado em Maringá, o grupo Cinesystem Cinemas é hoje a 8ª rede exibidora do país. Está presente em Santa Catarina, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, além de Paraná e São Paulo.

Da Austrália

O estômago é o novo alvo dos shopping centers da cidade para fisgar e fidelizar clientes. O Mueller vai abrigar em 2009, no piso dos cinemas, um restaurante da rede norte-americana Outback, especializada em comida da terra dos cangurus. Paulistas, mineiros, gaúchos e baianos já se deliciam com o cardápio picante. Paranaenses, até então, só em trânsito.

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