Chrome OS
Novo fôlego para os netbooks
O Chrome OS, sistema operacional que o Google vinha prometendo desde o ano passado e que teve detalhes revelados esta semana, pode dar um novo ânimo aos netbooks, aparelhos cuja principal vocação é dar acesso à internet.
Esses aparelhos se caracterizam por uma variedade muito pequena de recursos embarcados. A memória é pouca, a capacidade de armazenamento é a menor possível. O usuário do netbook deveria usá-lo para acessar a rede, e só. Mas você sabe como é: o Windows exige um pouco mais do processador, ele ocupa muito espaço de HD... Assim, o conceito foi se desvirtuando.
O Chrome OS retoma tudo isso. Foi construído para ser leve e exigir pouco da máquina. Todo o resto é executado na nuvem, usando serviços hospedados na internet de preferência no próprio Google, como não poderia deixar de ser. Uma máquina como essa exigiria pouco do processador, que poderia ser mais simples e consumir menos energia, o que significaria uma bateria mais duradoura.
Se vai funcionar? Ano que vem a gente descobre.
Em resumo
Lançamentos do Google incluem novidades em smartphones, sistemas operacionais e em e-books.
Nexus S
-Nova geração smartphones desenvolvidos pela empresa, agora em parceria com a Samsung (o modelo anterior, Nexus One, tinha a parceria da HTC).
-É o primeiro aparelho a sair de fábrica com chip para pagamentos, capaz de substituir o cartão de crédito.
-Chega às lojas dos EUA na quinta-feira e deve ser lançado no Brasil no primeiro trimestre de 2011.
-Principal concorrente: iPhone, smartphone da Apple.
Android 2.3
-Apelidado de Gingerbread, é o sistema operacional do Nexus S e vai equipar outros smartphones a partir do ano que vem.
-É mais rápido que as versões anteriores e tem suporte a ligações via internet (tipo Skype).
-Gerencia melhor os aplicativos, o que resulta em economia de bateria.
-Principal concorrente: iOS, sistema operacional usado no iPhone e no iPad.
Chrome OS
-Sistema operacional para netbooks e, talvez, para tablets.
-Exige um mínimo de recursos embarcados no aparelho, rodando aplicações e armazenando dados em serviços via internet (é a "computação em nuvem").
-Principal concorrente: Microsoft Windows 7
Google Books
-Livraria virtual da empresa, lançada na semana passada, mas, por enquanto, restrita a usuários dos Estados Unidos.
-Tem, segundo o próprio Google, um acervo de mais de 3 milhões de títulos, muitos deles gratuitos.
-O usuário não baixa a obra para sua máquina, mas adquire uma licença para ler on-line.
-Pode ser lida em readers de diversas marcas.
-Principal concorrente: Amazon, dona do Kindle.
Foi uma semana e tanto para o pessoal de Mountain View. A cidade californiana, no coração do Vale do Silício, abriga a sede do Google, que teve pelo menos três grandes novidades nos últimos dias: o celular Nexus S, que está sendo fabricado em parceria com a Samsung; a apresentação oficial do Chrome, sistema operacional para aparelhos como netbooks; e a livraria virtual Google Books, resultado de meses de negociação com editoras dos EUA e de outros países. Os lançamentos contrapõem a empresa a marcas líderes em seus segmentos, como o Microsoft Windows, o Apple iPhone e o Amazon Kindle.
O lançamento do Nexus S foi o que chamou mais atenção. É a segunda vez que a companhia se arrisca no segmento de hardware a primeira foi com o antecessor do aparelho, denominado Nexus One. A experiência foi ruim: o Nexus One vendeu muito pouco, embora tenha sido bastante badalado pela imprensa especializada. Uma das críticas era a forma de venda, diretamente com o Google, via internet. Desta vez foi diferente. Os aparelhos estarão à venda a partir da quinta-feira na rede Best Buy, por US$ 529, desbloqueados e sem contrato, ou por US$ 199, com contrato de dois anos com a operadora T-Mobile. O novo aparelho tem mais memória interna (16 GB), câmera de 5 megapixels com flash e processador de 1 GHz.
O Nexus One não deu as caras no Brasil (a não ser por uns poucos usuários que compraram o seu lá fora), mas seu sucessor não deve demorar. Alexandre Hohagen, presidente do Google Brasil, afirmou em um encontro com jornalistas que o aparelho será vendido no país ainda no primeiro trimestre de 2011.
O coração do aparelho é o sistema operacional Android 2.3, conhecido pelo apelido de Gingerbread, também desenvolvido pelo Google. As funcionalidades anunciadas foram bem recebidas pelos usuários, e o sucesso das versões anteriores demonstra como ele tem sido bem recebido. De acordo com a revista americana Fortune, a cada dia 300 mil aparelhos com Android têm sido ativados por dia no mundo.
Já o Chrome OS, esperado há meses, foi apresentado como um piloto, mas deve chegar aos consumidores na metade do ano que vem. Ele é baseado no navegador do Google o Chrome e na ideia de computação em nuvem. Ou seja, o usuário poderá acessar seus dados de qualquer computador que tenha o software instalado, e não apenas do seu próprio. Por isso, como não há uma série de programas instalados, a promessa do Google é que os computadores com o sistema comecem a funcionar muito mais rapidamente. A empresa negocia nos EUA acordo com Verizon para que os usuários tenham acesso à internet sem fio grátis. Os laptops com o novo sistema, porém, só começarão a ser vendidos na metade de 2011, fabricados pela Samsung e pela Acer. Na apresentação, o Google mostrou um protótipo do laptop, mas ele será usado apenas por algumas empresas, além de usuários selecionados nos EUA para fazer testes.
Anti-Kindle
A livraria virtual lançada pelo Google (está em books.google.com, mas com acesso total ainda estrito a usuários dos Estados Unidos) começa com mais de 3 milhões de títulos digitais, incluindo vários gratuitos. Ela entra num mercado dominado há anos pela Amazon, dona do leitor digital Kindle. "Acreditamos que será a maior loja de livros digitais do mundo", afirmou Jeannie Hornung, porta-voz do Google. Os livros podem ser baixados de qualquer computador com acesso à internet ou através de aplicativos em aparelhos portáteis, entre eles os telefones que funcionam com o sistema operacional Android, concebido pela Google, e os iPhones da Apple. Vários leitores eletrônicos em particular os fabricados pela Sony , poderão ler estes títulos. De fora, mesmo, só o Kindle.
Celular: não saia de casa sem ele
O telefone celular pode se tornar em breve um tíquete para ser utilizado em qualquer sistema de transportes no mundo, graças a um grupo de empresas que quer transformar os smartphones em cartões de débito direto. Uma aliança entre Inside Secure e outras companhias europeias de tecnologia tem o objetivo de tornar essa ideia realidade. "É o próximo grande passo", disse Charles Walton, diretor de operações da empresa, com sede na França.
Walton disse que chips incorporados ao telefone podem enviar dados de transações financeiras a leitores instalados em máquinas verificadoras de pagamentos, mostradores comerciais e muito mais. "O poder desse tipo de transação é fundamental para próxima onda de dispositivos móveis. O potencial comercial para a Apple, Google, Yahoo e AT&T é muito importante", disse.
Os Nexus S, do Google, já caminha nesse sentido. Os aparelhos terão um chip que converte o aparelho em uma carteira virtual. "Você terá estes telefones móveis que serão capazes de fazer comércio", disse o chefe-executivo da Google, Eric Schmidt, ao adiantar no mês passado o que seria o Nexus S, na cúpula 2.0 em San Francisco. "Finalmente, substituir os cartões de crédito", disse, explicando sua função.
Os chips NFC (de "near-field communications", ou seja "comunicação em campo próximo") armazenam dados pessoais que podem ser transmitidos aos leitores ao apoiar o aparelho em uma base. O chefe de Research In Motion, fabricante do BlackBerry, disse na cúpula: "Seríamos tontos se não tivéssemos um chip NFC em um produto em curto prazo, e não somos tontos". Especialistas na indústria do chip esperam que o fluxo de telefones celulares equipados com sistema de pagamento no próximo ano no mercado seja de 40 a 50 milhões.
AFP
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