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Uma postura mais cautelosa do Banco Central daqui para a frente reduzirá o risco de reversão abrupta da política monetária no futuro, apontou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

O documento, divulgado nesta quinta-feira (30), mostrou que alguns membros do Copom já viam respaldo para manter a Selic na reunião deste mês, mas acabou prevalecendo o consenso de que havia espaço para uma redução residual.

"O Copom considera que uma postura mais cautelosa contribuirá para mitigar o risco de reversões abruptas da política monetária no futuro e, assim, para a recuperação consistente da economia ao longo dos próximos trimestres", destacou a ata.

"O Copom avalia, adicionalmente, que a preservação de perspectivas inflacionárias benignas irá requerer que o comportamento do sistema financeiro e da economia sob um novo patamar de taxas de juros seja cuidadosamente monitorado ao longo do tempo."

No encontro da semana passada, o juro básico foi reduzido em 0,50 ponto percentual, para 8,75 por cento ao ano.

Na ata, o colegiado do BC também voltou a destacar que há "defasagens importantes" entre as decisões de política monetária e seus efeitos sobre a atividade econômica e na inflação. Desde janeiro, o Copom cortou a taxa em 5 pontos percentuais.

Apesar de terem subido, as projeções de inflação pelo cenário de referência do BC continuam abaixo da meta central de 4,5 por cento em 2010 e ao redor dela este ano.

Na avaliação do Copom, a probabilidade de que pressões inflacionárias inicialmente localizadas apresentem risco à trajetória dos preços é limitada.

"A despeito da elevação dos preços de commodities desde o início do ano, o efeito líquido da desaceleração global sobre a trajetória da inflação doméstica segue sendo, até o momento, predominantemente benigno", acrescentou a ata.

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