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O consumidor brasileiro compra cada vez mais em mercados de vizinhança e estabelecimentos como padarias e farmácias, e esta preferência anima os resultados do comércio atacadista – que abastece o pequeno varejo. No Paraná, as 15 empresas que participaram da pesquisa da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores faturaram juntas R$ 647 milhões no ano passado e já possuem 113,5 mil clientes.

Em todo o Brasil, o crescimento real do setor atacadista foi de 5,8% no ano passado, com mais de 3 mil empresas que faturaram R$ 86,5 bilhões. Os dados, que têm a chancela da consultoria ACNielsen e da USP, revelam que 40% das vendas do atacado têm como destino final o pequeno varejo. O Paraná participa com 4,3% das vendas nacionais.

Com sede em Arapongas, a paranaense Pennacchi e Cia. Ltda. faturou R$ 213,2 milhões em 2005 e aparece em 15.º lugar entre os maiores atacadistas do país. O crescimento em relação a 2004, de R$ 13 milhões, é atribuído ao trabalho de corpo-a-corpo com lojas pequenas, maioria no grupo de 23 mil clientes que incluem desde cantinas de colégio a bares e pequenos mercados no Paraná, Santa Catarina, interior de São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. "Nosso diferencial é fazer a entrega na porta da loja", diz o proprietário Paulo Pennacchi, referindo-se à paulistana Makro, primeira no ranking nacional e que vende exlcusivamente em lojas. A Makro possui duas filiais na região de Curitiba e uma em Londrina. Também atuam no Paraná as gigantes nacionais Martins e Arcom – estas com sistema de entrega.

Pennacchi, no entanto, prefere continuar pequeno. Dos 23 mil clientes, apenas 581 têm mais de cinco caixas, que é o indicador de porte nesse segmento. Os produtos vendidos são aqueles que fazem a base das vendas do pequeno varejo: alimentos, doces (possui fábrica própria), higiene e beleza, limpeza e papelaria.

Depois de Pennacchi, o ranking dos 100 maiores traz outros cinco paranaenses. No 33.° lugar, a empresa Sucessores de Dorival Ribeiro, que faturou R$ 119,6 milhões e, no 43.°, a Júlio Stampa Distribuidor, com R$ 82 milhões. As demais são Stival Alimentos, com R$ 47,5 milhões, Copralon, com R$ 46,6 milhões e Castanheira, com R$ 29 milhões.

Para o presidente do Sindicato do Comércio Atacadista de Gêneros Alimentícios do Estado do Paraná, Gumercindo Ferreira dos Santos Jr., as atacadistas de médio e pequeno porte cresceram mais do que as grandes, porque têm menos custos fixos de frete e pessoal. E pegam carona no crescimento do pequeno varejo, que vem conquistando o consumidor. "Hoje pouca gente faz a compra de mês, comum nos tempos de inflação. Com a estabilidade, surgiu a compra diária, e para isso o lugar preferido é o pequeno comércio perto de casa", conclui.

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