O aumento da participação do governo estadual no capital da Sanepar será decidido em uma assembléia geral de acionistas e não na próxima reunião do Conselho de Administração da empresa, marcada para a próxima segunda-feira, como anunciou anteontem o governador Roberto Requião. De acordo com o presidente do conselho, Pedro Henrique Xavier, os conselheiros têm o poder de encaminhar ou não a proposta de aumento de capital para ser votada em assembléia geral, mas não de aprová-la definitivamente.
De todo modo, a tendência é de que o aumento de capital, da ordem de R$ 650 milhões, seja mesmo encaminhado à assembléia. Se os acionistas aprovarem o aporte estadual, o capital social da Sanepar, que era de R$ 831,7 milhões no fim de 2007, aumentará para algo próximo de R$ 1,5 bilhão.
"O aumento de capital é conveniente para a Sanepar, e não hesitarei em aprová-lo. Como a assembléia tem de ser convocada com pelo menos 15 dias de antecedência, deve ocorrer em outubro, mas não antes do dia 16", disse Xavier. Para ele, a injeção de recursos é vantajosa por transformar em aumento de capital valores que hoje são contabilizados como dívida o credor é o governo estadual, que há cerca de dez anos emprestou o dinheiro do banco de fomento japonês JBIC, para investir na Sanepar.
Preferência
Segundo o presidente do conselho, é na assembléia geral que os demais acionistas da Sanepar poderão exercer o direito de preferência, avisando se também farão aportes de modo a manter sua atual participação na companhia, que é de 40% do capital com direito a voto. Caso optem por não injetar dinheiro, o governo passará a controlar uma fatia ainda maior da empresa.
Atualmente, o governo tem 52,5% do capital total da Sanepar, e 60% do capital com direito a voto. A Dominó Holdings companhia formada por Copel, Andrade Gutierrez e Daleth detém 39,7% do capital votante, e os 0,3% restantes estão distribuídos entre vários acionistas. A diretoria da Dominó não foi localizada para comentar o assunto.
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