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A Azul afirmou, na quarta-feira (1) que pode parar de voar para alguns municípios caso o plano de aviação regional não seja aprovado pelo governo federal. A aérea negou, no entanto, a informação divulgada na imprensa de que estaria preparando um plano de demissões em massa, que prevê o desligamento de até 700 funcionários. Segundo essas mesmas informações, a empresa já teria cortado voos em 11 cidades e poderia sair de outros 12 destinos.

“Sobre as informações publicadas na imprensa a respeito de uma possível demissão de 700 pessoas, a Azul afirma que isso não procede. Ações como essa não fazem parte da cultura da empresa e nem de seu fundador, David Neeleman, que ao longo de sua trajetória esteve à frente de outras três aéreas e nunca realizou demissões do tipo”, disse a Azul, em nota.

Destinos

Hoje, a Azul voa para cerca de 100 destinos nacionais, a maior cobertura entre demais empresas aéreas brasileiras. A empresa afirmou que a manutenção dos serviços em algumas cidades depende da aprovação do plano de aviação regional pelo governo. “Caso não ocorra, a companhia não descarta a saída de alguns mercados”, disse. O plano autoriza o pagamento de subsídio pela União a rotas regionais, mas ainda depende da regulamentação pela Secretaria de Aviação Civil (SAC).

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo em novembro de 2014, o presidente da Azul, Antonoaldo Neves, disse que a empresa poderia cancelar voos para 20 cidades no interior do Brasil e suspender a compra de aviões da Embraer se o plano de aviação regional originalmente proposto pelo governo não fosse adiante. “As duas primeiras serão São José dos Campos e Araraquara. Perdemos R$ 5 milhões nesses destinos só este ano (2014)”, disse na ocasião.

Ajustes

O motivo da afirmação foi uma mudança do texto que autorizava o pagamento de subsídio às rotas regionais pelo Congresso. No dia seguinte, no entanto, o relator do projeto voltou atrás e a versão anterior foi aprovada. Hoje, o site da Azul não vende mais passagens para Araraquara e São José dos Campos. A empresa informou na semana passada que está fazendo ajustes na sua malha aérea, mas negou redução de oferta. “Temos feito ajustes pontuais em nossa malha aérea, ampliando frequências em alguns mercados e reduzindo em outros. No entanto, essas mudanças não afetarão nossa capacidade de oferta”, disse, no comunicado.

As aéreas brasileiras vêm enfrentando um cenário adverso este ano. O dólar alto pressiona os custos das empresas, já que mais da metade das despesas delas é cotada na moeda americana. Por outro lado, a demanda fraca dificulta um repasse de custos no valor das passagens, abalando a rentabilidade das empresas. Nesse contexto, as líderes Gol e TAM, que já fizeram cortes de oferta desde 2012 nas suas malhas, mantém uma estratégia conservadora. Elas preferem voar menos a operar voos deficitários.

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