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A balança comercial registrou deficit de US$ 574 milhões entre 1º e 12 de janeiro, informou hoje o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. No período, as exportações somaram US$ 5,069 bilhões, retração de 0,2% na comparação com o mesmo período de janeiro de 2013 pela média diária, reflexo da queda de 7,2% nas vendas de bens manufaturados, como etanol, açúcar refinado, autopeças e máquinas para uso agrícola.

As importações somaram US$ 5,643 bilhões, recuo de 11,4% pela média diária sobre o mesmo período do ano passado. O movimento veio da forte queda de 71,7% nas compras de combustíveis e lubrificantes e de 38% em leite e derivados.

No fim do ano passado, o secretário de Comércio Exterior da pasta, Daniel Godinho, havia dito que o governo previa redução no deficit da conta petróleo, que saltou para US$ 20,277 bilhõesem 2013, ante déficit de US$ 5,379 bilhões em 2012.

2013

No ano passado, o saldo comercial no Brasil ficou positivo em US$ 2,561 bilhões, o pior desempenho dos últimos 13 anos. Isso aconteceu mesmo com a decisão do governo de contabilizar como exportação US$ 7,736 bilhões obtidos com a venda de plataformas de petróleo que foram alugadas, na maior parte, para a Petrobras.

Plataformas

Neste ano, o país exportou "no papel" o recorde de sete plataformas de petróleo, que garantiram US$ 7,74 bilhões a mais para a balança comercial. Sem essa ajuda, o país teria registrado um deficit de US$ 6,7 bilhões em suas trocas com o mundo.

As plataformas não chegam efetivamente a deixar os mares brasileiros. De fabricação nacional, as embarcações são adquiridas pela Petrobras e outras petroleiras por meio de suas subsidiárias em países como Holanda, Panamá, México e até Suíça. Logo em seguida, são internalizadas pelas empresas novamente no Brasil como se estivessem sendo "alugadas" através do regime aduaneiro especial Repetro.

Autorizada desde 2004, a operação permite que as petroleiras não paguem PIS, Cofins e IPI sobre as plataformas. Não se trata, portanto, de exportação real e acaba "inflando" o saldo da balança. Em 2013, fizeram a diferença entre superavit e deficit.

No acumulado do ano até a segunda semana de dezembro, o Brasil registrava um superavit de míseros US$ 15 milhões. Com a ajuda de mais uma plataforma embarcada na terceira semana do mês, o saldo engordou para US$ 1,023 bilhão.

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