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O Banco Mundial reduziu nesta quarta-feira (23) sua perspectiva para o crescimento econômico da China neste ano de 8,4 para 8,2%, e pediu ao país que conte com uma política fiscal mais flexível que amplie o consumo, em vez de apostar no investimento estatal para impulsionar a atividade econômica.

Em um relatório semestral para o Leste da Ásia e Pacífico, o Banco Mundial afirmou que uma desaceleração na China vai afetar o crescimento em países emergentes do Leste da Ásia para mínimas de dois anos em 2012, mas alertou que a crise da dívida da Europa pode provocar danos ainda maiores se piorar.

O enfraquecimento da demanda dos EUA e da Europa e do mercado imobiliário chinês podem pesar sobre a economia chinesa no curto prazo, completou o banco. Mas se governos e bancos centrais agirem a tempo para estabilizar a atividade, as economias devem se recuperar no próximo ano.

O banco disse que os países podem afrouxar ainda mais as políticas monetária e fiscal para alimentar a atividade, mas destacou que o espaço para manobra está reduzido por riscos de inflação que podem aumentar quando o crescimento se recuperar em meio à crescente dívida pública agora.

"As autoridades da região devem permanecer flexíveis para mudar a política monetária se o crescimento ganhar tração e as pressões inflacionárias aumentarem", disse o Banco Mundial.

Na China, onde o crescimento econômico em 2012 foi reduzido de 8,4% para 8,2%, o banco afirmou que Pequim deve apenas alterar marginalmente sua política monetária por enquanto reduzindo o compulsório dos bancos, uma vez que as taxas de juros reais estão negativas.

Isso deixaria a segunda maior economia do mundo dependendo de uma política fiscal para alimentar o crescimento.

"O estímulo fiscal seria idealmente menos alimentado pelo crédito, menos financiado por governos locais, e menos orientado pela infraestrutura", disse o Banco Mundial.

"Medidas fiscais para dar suporte ao consumo, como reduções de impostos, gastos com bem estar social e outros gastos sociais devem ser vistos como prioridade."

As recomendações do Banco Mundial foram feitas apenas um dias depois de um jornal financeiro chinês ter citado fontes segundo as quais a China vai acelerar as aprovações para infraestrutura para combater uma desaceleração econômica.

A redução da perspectiva de crescimento pelo Banco Mundial também foi divulgada depois de o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter mantido sua previsão para a China em 8,2% em seu relatório de abril.

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