• Carregando...

São Paulo (AE) – As taxas de juros dos bancos subiram em setembro e voltaram aos níveis elevados do segundo semestre de 2003, conforme levantamento divulgado pela Fundação Procon-SP. Na pesquisa, realizada entre os dias 12 e 13 deste mês com dez instituições financeiras a taxa média de cheque especial atingiu 8,32% ao mês, o que representou acréscimo de 0,03 ponto porcentual ante agosto e o maior nível desde outubro de 2003, quando estava em 8,34%. A taxa média de empréstimo pessoal avançou 0,02 ponto porcentual, para 5,46% ao mês, o que significou o maior nível desde novembro de 2003, quando foi de 5,49% ao mês. As taxas equivalentes ao ano em setembro foram de 160,83% e de 89,34%, respectivamente.

Segundo análise da Fundação Procon-SP, que é vinculada à Secretaria Estadual da Justiça e de Defesa da Cidadania de São Paulo, as taxas médias das duas modalidades de crédito pesquisadas registram, desde o início do ano, elevações mensais "pouco expressivas, porém contínuas". "Os acréscimos nas taxas médias mensais não chegam a 0,10 ponto porcentual, no entanto, além de contínuos, eles incidem sobre taxas já bastante elevadas", observam os técnicos.

A Fundação Procon-SP acrescentou que os resultados, apesar de apurados após a reunião ordinária de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que definiu corte de 0,25 ponto porcentual na Selic, refletem o comportamento "cauteloso" das instituições financeiras, no contexto de manutenção da taxa básica, definida ainda na reunião de agosto.

Em setembro de 2005, a maior taxa de cheque especial foi cobrada pelo bancos Santander, Banespa e Itaú (8,50% ao mês) e a menor foi verificada na Caixa Econômica Federal (7,95% ao mês). Nenhuma queda foi constatada nesta modalidade.

Quanto ao empréstimo pessoal, o Itaú foi a instituição com a taxa mais expressiva (5,95% ao mês) e a Nossa Caixa apresentou a mais baixa (4,25% ao mês). A única queda constatada foi na taxa do HSBC, de 5,10% para 5,07% ao mês.

Segundo avaliação do Procon-SP, o consumidor deve, por enquanto, assumir uma posição de cautela em relação à contratação de empréstimos, pois as taxas continuam muito altas. "Com a perspectiva de queda dos juros que se anuncia, vale a pena aguardar taxas mais atraentes."

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]