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Três bancos estatais – Caixa Econômica, Banco do Brasil e BNDES – serão usados para saldar o rombo bilionário do setor elétrico de 2014. A informação foi confirmada ontem pelo ministro Eduardo Braga, das Minas e Energia, e por Reive Barros, diretor da Agência Nacional de energia Elétrica (Aneel). O socorro financeiro de R$ 2,5 bilhões foi discutido com o Ministério da Fazenda e anunciado poucos dias após a nova equipe econômica destacar a importância de acabar com a ajuda estatal a determinadores setores.

Apesar de não estar usando recursos do Tesouro, o que comprometeria a promessa de cortes de gastos, o governo colocou os bancos públicos em um negócio visto com restrições pelos bancos privados, por causa dos riscos.

Se o governo não entrasse no negócio, as opções seriam um reajuste extraordinário das tarifas de energia ou deixar as distribuidoras darem um calote nas geradoras. O valor é necessário para que as empresas possam saldar contas em aberto referentes a novembro e dezembro, que vencem nos dois primeiros meses de 2015.

A falta de capacidade dessas elétricas em pagar suas contas mensais se tornou um problema para o governo desde janeiro de 2014. Por causa da seca, dos altos preços e da necessidade mensal de contratações de energia extra para atender à demanda, essas empresas já receberam uma injeção do Tesouro e dois empréstimos bancários (de instituições públicas e privadas). Mesmo assim, cerca de R$ 20 bilhões depois, o problema não foi resolvido.

Nova data

O financiamento é permitido uma vez que já há instrumentos legais, criados no ano passado pelo governo. Eles garantem a tomada de empréstimos até a liquidação final das dívidas de 2014. Com a aprovação da Fazenda, ainda é necessário que a Aneel postergue a data de pagamento do mês de janeiro, marcada para a próxima terça-feira, para que haja tempo de fechar a operação.

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