O comitê de ex-trabalhadores e representantes da Basf e da Shell definiram uma lista inicial com 772 pessoas, entre ex-empregados e seus filhos, que terão tratamento de saúde custeado pelas empresas. A medida cumpre resolução da Justiça do Trabalho, de acordo com a ação civil pública movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).
De acordo com o MPT, no fim da década de 70, a Shell instalou uma indústria química em Paulínia. Mas em 1992, ao vender as instalações para a Cyanamid, a possível contaminação ambiental passou a ser discutida. Por exigência da multinacional compradora, a Shell contratou consultoria ambiental internacional - que apurou a contaminação do solo e dos lençóis freáticos de sua planta em Paulínia. Os materiais encontrados causam toxicidade hepática e alterações no sistema nervoso central.
Mesmo nas áreas residenciais no entorno da empresa foram verificadas concentrações de metais pesados e pesticidas clorados - ainda foram levantadas contaminações por cromo, vanádio, zinco e óleo mineral em quantidades significativas. A Basf, que adquiriu a Cyanamid, assumiu integralmente as atividades no complexo industrial - e manteve a exposição dos trabalhadores aos riscos de contaminação até 2002, quando o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) interditou o local.
A Justiça do Trabalho condenou as empresas a pagar R$ 1,1 bilhão por danos morais coletivos e ao custeio prévio do tratamento de saúde de todos os ex-trabalhadores da unidade de fabricação de agrotóxicos, desde a década de 70 até 2002. Os direitos dos filhos de empregados, autônomos e terceirizados que nasceram durante ou após a prestação de serviços também estão garantidos pela decisão. Um recurso das das multinacionais ainda será julgado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST)
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