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O Banco do Brasil deu partida nesta quarta-feira (4) à esperada ofensiva do governo para tentar reduzir os spreads bancários, reduzindo fortemente os juros de diversas linhas para empresas médias e para pessoas físicas. A notícia derrubava ações de instituições financeiras na bolsa paulista.

O programa do BB, batizado de "Bompratodos", inclui a oferta adicional de R$ 43,1 bilhões, sendo R$ 26,8 bilhões para micro e pequenas empresas e R$ 16,3 bilhões para pessoas físicas.

Às 16h30, a ação do BB recuava 4,32 por cento, a R$ 24,61 reais, perto da mínima até esse horário e apresentando a maior queda do Ibovespa, que caía ao redor de 1%. A do Itaú Unibanco perdia 2,62%, enquanto a do Bradesco tinha baixa de 2,21%.

"Pelo ângulo do investidor, a notícia é ruim, porque isso sugere um aumento da concorrência e a queda das margens dos bancos", disse o economista João Augusto Frota Salles, da consultoria Lopes Filho.

No caso do varejo, a linha de financiamento para compra de veículos do BB, com crédito pré-aprovado e sem tarifas embutidas, terá queda de pelo menos 19%, informou o banco. Para as linhas voltadas à aquisição de bens e serviços de consumo, os juros médios serão reduzidos em 45%.

Para beneficiários do INSS, as taxas do crédito consignado serão de 0,85 por cento a 1,8% ao mês. Aos clientes que recebem salário no BB será oferecida linha de rotativo do cartão de crédito com taxa mensal de 3%. Atualmente, a taxa média é de 12,25% ao mês.

Empresas

A taxa média das principais linhas de capital de giro para empresas será reduzida em 15%. A redução da taxa média de recebíveis será de 16%. Com isso, a taxa média de capital de giro terá piso de 0,96% ao mês.

Com a Reuters antecipou no mês passado, o governo vinha cobrando dos bancos públicos cortes de juros para forçar todo o sistema financeiro a fazer o mesmo.

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