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Agência do Banco do Brasil em Curitiba: instituição lidera o ranking de retorno sobre o patrimônio | Marcelo Elias/Gazeta do Povo
Agência do Banco do Brasil em Curitiba: instituição lidera o ranking de retorno sobre o patrimônio| Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo

Com as perdas bilionárias dos bancos norte-americanos por conta do agravamento da crise econômica, as instituições bancárias brasileiras ganharam espaço entre as mais lucrativas e rentáveis do continente americano. Segundo estudo da consultoria Economática, três dos cinco primeiros do ranking dos lucros são brasileiros; no quesito rentabilidade, o Brasil ocupa a primeira e segunda posição.

O Banco do Brasil é o mais bem colocado na lista, em terceiro lugar, com lucro líquido de US$ 3,767 bilhões no ano passado. Em seguida aparecem o Itaú (lucro de US$ 3,3 bilhões) e Bradesco (US$ 3,2 bilhões). O último representante brasileiro, o Santander, aparece na 17ª posição, com lucro de US$ 676 milhões.

De acordo com o estudo da Economática, que analisou o lucro líquido dos bancos de capital aberto (ou seja, com ações negociadas em bolsa), na lista constam ainda um mexicano e um chileno, ambos filiais do espanhol Santander.

A liderança geral, porém, ainda é dos Estados Unidos, com o JP Morgan Chase, que registrou lucro líquido de US$ 5,6 bilhões em 2008, e o Bank of America, com lucro de US$ 4 bilhões. Apesar das perdas por causa da crise, os bancos americanos dominam a lista: dos 20 mais lucrativos, são 14 representantes no continente.

Já entre os 20 mais lucrativos se verifica que os mais rentáveis são dois bancos brasileiros: BB e Bradesco. Para medir esse quesito, utiliza-se a rentabilidade sobre patrimônio líquido (ROE).

A ROE é um indicador ao qual analistas financeiros dão muita atenção porque, de forma simplificada, reflete o quanto uma empresa consegue crescer sem fazer novos investimentos. O Banco do Brasil apresenta rentabilidade de 32,5%, seguido pelo Bradesco, com 23,6%. Entre os cinco mais lucrativos estão quatro bancos latinos, incluindo o Itaú em quinto (21,5%).

Já os mais lucrativos –JP Morgan e Bank of America– ficam nas últimas posições, com taxas de 3,9% e 2,5%, respectivamente. Segundo a Economática, isso "demonstra que a qualidade do Banco do Brasil e Bradesco é muito mais representativa, apesar de terem um lucro menor’’.

Dois fatores práticos, porém, explicam o fato de os ganhos dos bancos brasileiros superarem os dos americanos. Em primeiro lugar, a concorrência é maior nos Estados Unidos. Em segundo lugar estão os juros altos. Apesar do corte da Selic da semana passada, o Brasil continua com uma das maiores taxas de juros do mundo. O país tem a maior taxa real (em que é descontada a inflação) do globo: 6,51% ao ano.

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