• Carregando...
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central | Marcos Correa/PR
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central| Foto: Marcos Correa/PR

O Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros da economia em 6,50% ao ano, marcando um ano desde que a Selic chegou ao menor patamar da história. É também o período mais longo em que a taxa permanece em seu piso.

 A decisão era esperada de forma unânime pelos 39 economistas consultados pela agência de notícias Bloomberg nesta que é a primeira reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) conduzida pelo novo presidente do BC, Roberto Campos Neto. 

 A taxa de 6,50% é também a Selic esperada por economistas ouvidos pelo Banco Central para o final de 2019, indicando ceticismo do mercado para uma recuperação econômica. Nesta semana, pela primeira vez houve redução nas estimativas do patamar de juros ao final de 2020, que agora deve ir para 7,75%. Até a semana anterior, a projeção indicava juros a 8%. 

 Com as revisões para baixo da economia brasileira neste ano, começa a ganhar força o discurso de que os juros poderiam até cair ainda em 2019. "A retomada mais moderada da atividade amplia as chances de corte de juros em algum momento do ano", escreveu o Bradesco em relatório publicado nesta segunda. O banco Fator prevê que os juros poderiam encerrar 2019 em 5,50%, um ponto percentual abaixo do atual nível. 

 Apesar de todas as indicações do mercado, o BC segue cauteloso, o que é atribuído ao receio de um atraso ou mesmo a não aprovação da reforma da Previdência. Não é o cenário base do mercado financeiro, mas sem a medida, considerada crucial para o equilíbrio das contas públicas, o dólar poderia disparar, assim como a inflação. 

 Campos Neto havia sinalizado que nessa reunião não haveria espaço para mudança nos juros, mas alguns economistas começam a indicar que isso poderia ocorrer na próxima reunião, em maio.

Aplicações financeiras

A estabilidade da taxa básica de juros mantém a poupança como um investimento mais atrativo que a maioria dos fundos de investimento de renda fixa, em especial aqueles com taxas de administração mais altas, de acordo com simulações feitas pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). 

 Nesta quarta (20), o Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu manter a Selic em 6,5% ao ano, em linha com a expectativa do mercado. A taxa completa um ano no atual patamar, o menor da história. A Anefac estima o rendimento mensal da poupança em 0,37% nesse cenário. 

 Pelas contas da associação, fundos de investimentos tem um rendimento superior às contas da poupança quando suas taxas de administração são inferiores a 0,5% ao ano, independentemente do prazo de resgate. Ganha também da poupança com taxas de 1%, exceto se o resgate for em até seis meses, caso em que as rentabilidades são equivalentes. 

 A poupança empata com fundos com taxa de administração de 1,5% se o resgate for feito entre um e dois anos, mas perde para resgates nessa situação acima de dois anos.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]