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A partir de janeiro de 2012, o Banco Central (BC) vai acompanhar com lupa todos os tomadores de empréstimo do país que contratarem operações acima de R$ 1 mil. A medida valerá tanto para pessoas físicas quanto jurídicas. Além do CPF e CNPJ, o BC terá informações detalhadas sobre renda, faturamento das empresas, e até mesmo o endereço dos tomadores de empréstimo.

Atualmente são monitorados apenas dados relativos a operações de crédito acima de R$ 5 mil, e mesmo assim o monitoramento se restringe à identificação do tomador do emprésitmo, o número de prestações e se ele está com o pagamento em dia.

O Banco Central também exigirá informações detalhadas sobre a situação de carteiras de crédito, como consignado e veículos, além das garantias oferecidas. Nesse caso, diz o diretor de fiscalização do BC, Anthero Meireles, será possível fechar as brechas para operações irregulares, conforme ocorreu com o Banco PanAmericano no ano passado "As novas regras vão permitir um melhor monitoramento do desenvolvimento do mercado de crédito como um todo", afirmou Meireles.

O novo sistema do BC começará a funcionar em janeiro, de forma experimental. A partir de abril, todos os bancos serão obrigados a repassar os dados detalhados ao BC, tanto do estoque de operações, quando de novos empréstimos. E, a partir de julho, a medida será exigida de instituições não financeiras e cooperativas de crédito.

Com a implantação do novo sistema, o BC terá condições de identificar, em termos de valores, 96% das operações de crédito realizadas. E, do ponto de vista do número de operações, o universo vai mais do que dobrar, saindo de 131 milhões para 282 milhões.

O sistema atual permite monitorar R$ 1,7 trilhão. Vão ser incorporados ao sistema mais R$ 160 bilhões, referentes a 151 milhões de operações.

O diretor do BC destacou que esse segmento de operações de menor valor ainda é pequeno em relação ao crédito total, mas vem crescendo e ganhando importância. Entre os motivos que explicam isso está o aumento da renda do brasileiro.

Além de ter condições de monitorar os empréstimos, a medida também permitirá ao BC ser mais preciso na hora de tomar uma medida macroprudencial com o objetivo de segurar o crédito.

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