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A assinatura do protocolo: para a Ambev, fábrica pode ser em Ponta Grossa ou em outro município | ANPr
A assinatura do protocolo: para a Ambev, fábrica pode ser em Ponta Grossa ou em outro município| Foto: ANPr

Histórico

Companhia completa 100 anos no Paraná

As empresas que deram origem à Ambev se instalaram no Paraná em 1912, com a inauguração da Cervejaria Atlântica, em Curitiba. Em 1945, a empresa passou a ser controlada pela Brahma – que formou a Companhia de Bebidas das Américas (Ambev) em uma fusão com a Cia. Antarctica, em 1999. A empresa também tem uma unidade em Almirante Tamandaré, que produz exclusivamente refrigerantes. Além das fábricas, a companhia possui seis Centros de Distribuição Direta (CDD) localizados em Curitiba, Paranaguá, Londrina e Francisco Beltrão. A unidade de Curitiba produz apenas cervejas, como Brahma, Skol, Antarctica e Antarctica Subzero, além dos chopps Brahma claro e escuro.

Escolha

O suspense não deu certo

A Ambev fez suspense, mas foi atropelada pelas circunstâncias. Desde o início das negociações com o governo, há dois anos, dava-se como certo que o destino da unidade seria o município de Ponta Grossa. Mesmo ontem, o vice-presidente Milton Seligman mantinha o discurso. "Ponta Grossa é o nosso desejo, estamos negociando os locais ainda. Pode ser em Ponta Grossa, como pode ser em Castro, Carambeí. Depende do terreno", disse.

O governo do estado, por meio de sua agência de notícias, cravou que a fábrica será em Ponta Grossa. Além disso, na mesa em que foi assinado o protocolo de intenções estavam o atual prefeito da cidade, Pedro Wosgrau, com parte do secretariado; e seu sucessor eleito, Marcelo Rangel. À frente dos executivos, o município os saudava com uma faixa.

Segundo Rangel, a empresa analisou áreas próximas à atual fábrica da Heineken. "Também foram verificadas as áreas próximas ao novo distrito industrial", conta. "A cidade tem o aquífero Furnas, que proporciona água de qualidade", diz o secretário municipal de Indústria e Comércio, João Luiz Kovaleski.

A Ambev receberá uma redução na base de cálculo de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) para as cervejas e refrigerantes fabricados na unidade que irá construir em Ponta Grossa, de acordo com protocolo de intenções assinado ontem com o governo do estado. O benefício, de acordo com o vice-presidente de Relações Corporativas da companhia, Milton Seligman, será proporcional ao aumento de produção – na medida que a fábrica ampliar o uso da capacidade instalada, pagará mais imposto, portanto.

As obras devem começar tão logo a Ambev bata o martelo em relação ao terreno onde irá se instalar, e a fábrica deve começar a operar em 2014, gerando 500 empregos diretos. A produção inicial será de 7 milhões de hectolitros. "Serão mil empregos gerados durante a fase de obras. A expectativa é que a fábrica cresça em cinco anos", comenta Seligman.

Representantes do governo apontaram que a disputa pela fábrica foi acirrada com estados vizinhos. Após várias reuniões, a empresa foi convencida com a promessa de redução na base de cálculo e do diferimento do ICMS (ou seja, a possibilidade de iniciar o pagamento tempos depois do início da operação). O investimento da Ambev na nova planta industrial será de R$ 580 milhões.

Fábricas "antigas"

A Ambev já tem duas unidades no estado, sendo que a fábrica de Curitiba, no bairro Rebouças, produz exclusivamente cerveja, enquanto que a unidade de Almirante Tamandaré produz somente refrigerante. Segundo a companhia, nada mudará nessas fábricas mais antigas até 2016. "Vai depender do mercado. Supondo que elas não sejam mais necessárias, temos a intenção de doar os terrenos para o Paraná. Essa questão está dentro do protocolo assinado com o governo, mas até 2016 não haverá nenhuma alteração", aponta Seligman. "Se tiver demanda para as unidades, se elas forem necessárias, não haverá qualquer mudança", conclui.

Segundo dados da empresa, em 2011 a Ambev vendeu 6 milhões de hectolitros de cerveja e refrigerante apenas no Paraná. No total, o volume de vendas da companhia passou de 165 milhões de hectolitros de bebidas no ano passado e a receita líquida foi de R$ 27,1 bilhões, 9,9% superior em relação ao ano anterior.

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