O governo, que vinha sobrecarregando o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para estimular a economia e ainda influenciar empresas como sócio, dá sinais de que já percebeu os limites do banco. Embora tenha aumentado substancialmente seu funding com ajuda do Tesouro, o seu patrimônio de referência é baixo (cerca de R$ 60 bilhões) para permitir operações elevadas. Essa limitação está no sentido do plano de incentivos ao crédito privado de longo prazo que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, promete divulgar na próxima quinta-feira. É preciso dar fôlego ao banco.
Na semana passada, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, afirmou que o crescimento esperado de 6,25% este ano, bem inferior aos 48% de 2009, já deve ser considerado um sinal da decisão de "estabilizar" o tamanho do BNDES. No entanto, indicou que a intenção é mantê-lo no mesmo patamar daqui para frente, "encolhendo um pouco" com a maior participação do setor privado e do mercado de capitais no longo prazo, para focar nos grandes projetos de infraestrutura e na inovação, que têm risco alto. "O BNDES tem de fazer as tarefas que não são rotineiras, realmente ligadas ao desenvolvimento. Comprar um caminhão ou uma máquina para produzir sapato envolve um grau de risco muito menor e o setor privado no Brasil já tem condições de fazer isso", diz o professor Ricardo Carneiro, da Unicamp.
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