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Estante da Boeing no Salão da Aeronáutica de Cingapura | MOHD FYROL/AFP
Estante da Boeing no Salão da Aeronáutica de Cingapura| Foto: MOHD FYROL/AFP

A Airbus e a Boeing anunciaram nesta quarta-feira (17) contratos de vendas de aviões no valor de mais de um bilhão de dólares no Salão da Aeronáutica de Cingapura, confirmando o papel fundamental da Ásia em um setor onde predomina a prudência.

A Airbus obteve uma encomenda de seis A350-900s para a Philippines Airlines (PAL) por um total estimado de 1,85 bilhão de euros, informaram a fabricante europeia e a companhia aérea filipina. Os aparelhos serão usados em voos intercontinentais entre Manila e Estados Unidos, Canadá e Europa, informou o presidente da PAL, Jaime Bautista.

A Boeing fechou contrato para doze aparelhos com a companhia chinesa Okay Airways, por um total de US$ 1,3 bilhão, anunciaram as duas partes. O contrato inclui oito 737 MAX 8s, três 737 MAX 9s e um 737-900 de longo percurso. A Okay Airways também reservou a opção de compra de oito 737 MAX 8s.

A Okay Airways, primeira companhia aérea privada chinesa, fundada em 2004, voa atualmente para o Japão, Tailândia e a ilha sul-coreana de Jeju.

Ásia decola

Os pedidos foram realizados num contexto de forte desaceleração da economia chinesa, mas isso não parece desanimar muitos investidores. “O povo chinês sabe poupar. Mesmo que a economia piore, continuará viajando”, afirmou, com otimismo, o presidente da Okay, Wang Shucheng.

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O diretor-geral da Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA), Tony Tayler, expressou antes da abertura do Salão de Cingapura seu temor de que as companhias aéreas adiassem suas compras de aviões ante a perspectiva de reduzir seus lucros.

As empresas se beneficiaram da queda do preço do petróleo, mas suas rendas se viram prejudicadas, entre outras coisas, pela força do dólar, que valorizou 20% nos últimos 18 meses.

A zona Ásia-Pacífico representa 40% do transporte aéreo. As companhias aéreas regionais se viram afetadas nos últimos anos pela desaceleração da economia mundial, assim como pela concorrência das companhias do Golfo, explicou Tayler.

“Queremos vender tantos aviões quanto possível na Ásia, mas também queremos nos implantar na Ásia, ter lá instalações industriais e centros de pesquisa e desenvolvimento”, declarou Marwan Lahoud, presidente da associação francesa de indústrias aeroespaciais GIFAS, em entrevista concedida esta semana à AFP.

“Queremos amplificar o que já começamos: vender, desenhar e produzir na Ásia”, acrescentou Lahoud, que também é membro do comitê executivo do grupo Airbus.

Os industriais do setor concordam que a demanda asiática continuará vigorosa graças às classes médias em plena expansão, mas acreditam que o tempo das encomendas gigantes já passou.

A Airbus recebeu em 2015 pedidos de compra de 421 aviões por parte de 17 companhias aéreas e arrendadores de voo na Ásia, o que representa 39% de suas vendas globais.

A Boeing afirma que as necessidades do mercado serão de 38.050 aviões nos próximos 20 anos, com 38% da demanda procedente da Ásia, 21% da América do Norte e 19% da Europa.

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