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O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda de 2,35%, a 53.032 pontos. Segundo especialistas, o movimento refletiu a decisão dos investidores de embolsar lucros diante da forte valorização recente do índice. Apenas entre a última quarta-feira (13) e ontem, o Ibovespa acumulou valorização de 4,8%.

"Além do feriado de amanhã, também contribuiu para a queda do Ibovespa hoje o fato de a OCDE [Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico] ter reduzido a estimativa de crescimento do PIB do Brasil e afirmado que a desaceleração dos mercados emergentes está pesando sobre a recuperação econômica mundial", diz Leandro Ruschel, diretor da Leandro & Stormer.

Os papéis mais negociados da Petrobras cederam 1,54% no dia, a R$ 21,11, e pressionaram o índice. Eles representam mais de 8% do Ibovespa e têm sofrido com as indefinições acerca da nova metodologia de preços da estatal, que será votada em 22 de novembro.

Apenas duas das 72 ações que compõem o Ibovespa fecharam no azul: CCR, com ganho de 0,33%, e Light, com leve alta de 0,14%. Já as ações da Sabesp terminaram o dia estáveis em R$ 25,50.Na ponta negativa, os papéis das construtoras estiveram em evidência, com Brookfield caindo 7,56%, enquanto Rossi perdeu 6,80% e Gafisa, 6,71%.

Dólar

Depois de ter registrado a maior baixa desde o fim de agosto, o dólar fechou hoje em leve alta em relação ao real, com os investidores atentos a sinais que possam indicar o rumo do estímulo econômico nos Estados Unidos.

O dólar à vista, referência no mercado financeiro, encerrou o dia com ligeira valorização de 0,04% sobre a moeda brasileira, a R$ 2,269 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, subiu 0,44%, a R$ 2,278.

"O movimento já era esperado, visto que amanhã teremos feriado em São Paulo [Consciência Negra]. O mercado operou em compasso de espera. Na noite de hoje teremos o discurso do presidente do Fed [banco central americano], Ben Bernanke, e, amanhã, muitos indicadores importantes da atividade dos Estados Unidos", diz Reginaldo Siaca, superintendente de câmbio da Advanced Corretora.

Segundo operadores, a expectativa é de que os números reforcem a perspectiva de que o Fed só deverá começar a cortar seu programa de estímulo em 2014. Desde 2009, o Fed recompra US$ 85 bilhões por mês em títulos públicos para injetar recursos na economia dos EUA e estimular uma retomada. Como parte desse dinheiro migra para outros países, como o Brasil, na forma de investimentos, a ideia de manutenção do estímulo no curto prazo agrada o mercado.As intervenções do Banco Central do Brasil no câmbio também ajudaram a cotação do dólar a cair hoje. A autoridade brasileira realizou pela manhã um leilão de swap cambial tradicional, que equivale à venda de dólares no mercado futuro, numa operação que já estava prevista em seu plano de intervenções diárias.

Foram vendidos 10 mil contratos de swap com vencimento em 2 de junho de 2014, por um total de US$ 495,7 milhões. Não foram aceitas ofertas por contratos com vencimento em 5 de março de 2014.Além disso, nesta tarde, o BC realizou a quinta etapa de rolagem dos contratos de swap cambial tradicional que vencem em 2 de dezembro. Foram vendidos 5,1 mil contratos com vencimento em 2 de maio de 2014, e mais 14,9 mil contratos com vencimento em 1º de agosto de 2014, por um total de US$ 989 milhões.

Com isso, o BC já rolou a metade dos US$ 10 bilhões em contratos de swap que vencem em 2 de dezembro. "O mercado segue atento à rolagem do restante. Caso a autoridade não faça essa operação, os detentores dos papéis teriam que comprar dólares, o que aumentaria a demanda pela moeda americana e pressionaria sua cotação para cima", explica Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora.

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