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Na loja da Havan, o crédito farto impulsiona a venda de edredons, cobertores e aquecedores: 65% das compras são parceladas | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Na loja da Havan, o crédito farto impulsiona a venda de edredons, cobertores e aquecedores: 65% das compras são parceladas| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

Imbituva espera vender 20% a mais este ano

As blusas de lã produzidas em Imbituva, nos Campos Gerais, aquecem a economia da cidade, referência no estado na fabricação de roupas. Os fabricantes da região esperam que as vendas para atacado e varejo aumentem 20% neste inverno, na comparação com o ano passado.

A cidade inaugurou neste ano o Centro Comercial do Tricô – fruto da criação do Arranjo Produtivo Local (APL) de malhas – onde 21 dos 38 fabricantes do município estão expondo e vendendo seus produtos. Mesmo após o término da Feira de Malhas de Imbutiva (Femai), no início do mês, eles continuam realizando negócios no local até o fim do mês de julho. "Está começando a esfriar e temos esperança de que o lojista venda o que tem na loja e volte para comprar, porque estamos aqui todos reunidos e vendendo a pronta entrega. Somos um escape para os lojistas, porque aqui sempre vai ter reposição de estoque para eles", conta a fabricante de malhas Jaqueline Neiverth.

Feira aquecida

Na Femai, os organizadores ainda não formalizaram a quantidade vendida, mas acreditam que o incremento tenha sido de 5%, conforme o presidente do Sindicato das Malharias, Verli Antônio Moleta. "A expectativa criada pelo frio é muito boa, além disso a economia está aquecida. Sinto que as pessoas estão procurando ainda." Com preços reduzidos para o atacado, a cidade vende seus produtos para compradores de Santa Catarina, Paraná e São Paulo.

Rodrigo Kwiatkowski da Silva, especial para a Gazeta do Povo

Mais barato, cobertor paraguaio cruza a fronteira

Na fronteira do Brasil com o Paraguai, o frio movimentou o comércio de Foz do Iguaçu e também as lojas de Ciudad Del Este, no país vizinho. Se, no lado brasileiro a saída de casacos e agasalhos surpreende os lojistas, no lado paraguaio a venda de cobertores supera todas as expectativas.

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A boa conjuntura econômica pela qual passa o país fez varejistas do setor de vestuário e artigos de frio ampliarem os investimentos para a estação em pelo menos 20%. As vitrines de outono-inverno mais caprichadas devem-se principalmente à perspectiva de dinheiro no bolso do consumidor – com o emprego em alta, crédito ainda abundante e o Banco Central apontando crescimento econômico de 9,85% no trimestre, os comerciantes estão otimistas com um aumento efetivo da demanda, que já começou a ser percebida no caixa de algumas empresas.A loja de departamentos Havan, por exemplo, aproveita a onda favorável do crédito, e os dados mais recentes de faturamento oferecem otimismo acima da média. De acordo com o diretor administrativo-financeiro da rede, Edson Diegoli, a receita deste ano está 80% superior à de 2009. "Em função desse cenário, para este inverno, apostamos muito nos estoques de aquecedores e edredons. Na parte de vestuário, focamos bastante na variedade de jaquetas, e estes produtos já estão vendendo muito bem", diz. As condições para o crescimento nas vendas, são atribuídas por Diegoli principalmente às condições de pagamento. "Pelo menos 65% dos nossos clientes parcelam as compras quando passam no caixa", diz.

Na loja de confecções Folie, voltada para as classes A e B, a proprietária Maria Regina Buffara planejou um estoque de peças 20% superior ao do inverno passado. O objetivo é aumentar as vendas na mesma proporção. As estimativas, até agora, estão sendo correspondidas. "A procura começou a pegar mesmo há cerca de 15 dias, quando o frio deu uma apertada aqui em Curitiba. Já recebi telefonemas do gerente pedindo mais estoque de blusas de lã coloridas e casacos", diz.

Luxo acompanha

A fabricante e varejista de moda luxo Saad, que passou por restruturação em 2008 em função da crise financeira, compartilha a previsão de crescimento de 20% para a temporada. "O nosso período de entrega nas lojas encerra em maio, mas, em Curitiba, por mais que a gente preveja aumento nas vendas, o estoque sempre se esgota antes do inverno. Especialmente casacos e botas", diz a proprietária Luciana Saad, que tem uma filial no Shopping Crystal.

No ParkShopping Barigui, os indicadores de mercado aquecido também balizam boas perspectivas. "O clima ajudou bastante este ano. O frio entrou junto com o lançamento da campanha de inverno, e temos percebido um movimento bom, com pessoas dispostas a comprar", diz a gerente de marketing, Silvia Omairy.

Mesmo em setores com menos tradição em vendas de vestuário, como hipermercados, há empresas confiantes no segmento. A gerente do setor de confecções do Extra/Pão de Açúcar, Leia Rech, diz que a rede viu as vendas alavancadas junto com a temperatura mais baixa desta semana. Para esta temporada a expectativa também é de crescimento nas vendas de 20% em relação ao ano passado.

"É uma projeção calculada em cima do resultado de 2009 mas que contempla também o plano de crescimento do negócio", disse. O crédito disponível no mercado ajuda nesta conta: a rede aceita pagamentos entre três a seis vezes no cartão de crédito, ou em dez vezes no cartão da marca Extra.

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