Se até 2002 a maior parte dos revendedores de veículos operava no vermelho, o recente "boom" de vendas de carros no Brasil afetou o negócio de duas formas: a margem de lucro das concessionárias varia de 1,8% a 3%, e a concentração de lojas nas mãos de grandes grupos se intensificou. Segundo Sérgio Reze, presidente da Fenabrave, comprar outra loja é uma forma de aumentar a escala de vendas e enxugar custos administrativos. Outra conseqüência seria o crescimento de contratações, que aumentaram 10% nos últimos quatro anos. Hoje, as concessionárias geram 250 mil empregos diretos no país, segundo Reze. Na entrevista coletiva, o executivo também criticou as vendas das montadoras para grandes frotistas, já que os descontos, segundo a entidade, são de 30% um patamar distante do obtido pelas concessionárias. Com isso, a indústria estaria obrigando o consumidor pessoa física a subsidiar os grandes descontos para pessoas jurídicas, pois, em tese, "sobrariam" menos recursos para descontos ao consumidor.
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