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Um ano de fraco crescimento econômico e uma Copa do Mundo que praticamente parou o país entre os meses de junho e julho vão fazer com que a empresa paranaense O Boticário – com sede em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba – feche o ano com desempenho abaixo do esperado. O faturamento de R$ 650 milhões em 2005 deve ser superado em 13% neste ano, e não em 16%, como estimava a desenvolvedora de perfumes e cosméticos no início do ano. "O crescimento menor é resultado da própria questão econômica do país. Além disso, junho foi um mês perdido para o varejo por causa do mundial. Não existia espaço para um consumo mais elaborado, como é o caso dos nossos produtos", diz o vice-presidente da empresa, Arthur Grynbaum. "E não há compensação em outros meses. Uma venda adiada dificilmente é recuperada."

Apesar da expectativa frustrada, o executivo diz que este foi um ano de resultados importantes para a companhia, principalmente por conta dos lançamentos feitos ao longo do período.

A empresa investiu R$ 130 milhões na ampliação e melhoramento de seu portfólio de produtos – 37% a mais do que no ano anterior. Um desses lançamentos foi a linha Nativa Spa de produtos para a pele – cujo investimento chegou a R$ 5 milhões e se constitui numa das grandes apostas da companhia. "Foi um grande acerto. Estamos tendo resultados excepcionais não só em vendas mas também de retorno dos consumidores."

Tanto é assim, diz Grynbaum, que a empresa pretende ampliar a linha em 2007. O vice-presidente destaca ainda outros dois lançamentos: a linha Active, que recebeu investimentos de cerca de R$ 14 milhões, e o Lily Essence, primeiro "eau de parfum" (perfume) da marca, que recebeu R$ 5 milhões em investimentos.

Em 2007, o Boticário espera aumentar seu faturamento em cerca de 15% com novidades e a abertura de 30 lojas. "Não vamos deixar de investir em perfumaria, mas temos planos de expansão em todas as linhas", diz Grynbaum. "Também estamos estudando mudanças em algumas franquias e a readequação de pontos."

Com relação à atuação no mercado externo, O Boticário pretende focar seus investimentos em lugares em que já tem representação. Fora do Brasil, a marca é vendida em 24 países, dos cinco continentes. Os perfumes e cosméticos estão nas prateleiras de 61 lojas exclusivas e em mais de mil pontos de venda (entre quiosques e lojas de departamentos).

A mais recente inauguração foi no Chile. Mas também esse ano os produtos chegaram a África do Sul, Angola e Arábia Saudita. A empresa tinha planos de começar a atuar mais fortemente no Oriente Médio. "Por causa das condições políticas e econômicas, no entanto, desistimos de entrar no Iraque, Jordânia e na Grécia", diz o vice-presidente. Segundo Grynbaum, a área internacional é responsável por 3% do faturamento anual da companhia. "Parece uma parcela pequena, mas é preciso lembrar que a empresa cresce a passos largos e a área acompanha."

As vendas no mercado externo devem crescer entre 20% e 25% neste ano, em relação a 2005. "A idéia é continuar nesse ritmo."

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