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As ações brasileiras fecharam ontem em alta pelo sexto pregão consecutivo na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A avaliação bastante pessimista do Fed (banco central dos EUA) sobre a economia americana na ata de seu último encontro para definir a taxa de juros não foi suficiente para derrubar o mercado. O Ibovespa, principal índice da Bovespa, subiu 1,91% e atingiu os 42.312 pontos, patamar mais alto desde 3 de outubro.

"Não há nada que explique muito bem essas últimas altas da bolsa. Lá fora subiu um pouco, o que ajudou as ações subirem por aqui também. Não dá para sinalizar o resto do primeiro semestre por esses poucos dias", comenta Fábio Prandini, operador da corretora Elite.

O dólar comercial foi cotado a R$ 2,18 nas últimas operações de ontem, em queda de 3,24%. É o menor valor desde 7 de novembro. Analistas notam o retorno, ainda cauteloso, de investidores estrangeiros à Bovespa puxando o preço das ações e contribuindo para derrubar o dólar.

O analista da corretora Liquidez, Mário Paiva, nota que os estrangeiros reduziram suas posições compradas (que ganham com a alta do dólar) em mais de US$ 1 bilhão desde ontem. "É preciso ter cautela. Para mim, o dólar deve oscilar entre R$ 2,10 e R$ 2,30 no mês de janeiro", comenta o profissional da Liquidez.

EUA

Na ata em que explica a redução de sua taxa básica de juros em dezembro, divulgada ontem, o Fed afirmou que o cenário para a economia norte-americana neste ano se agravou e que a política de juros próximos de 0% deverá ser mantida por um bom tempo. Sem citar números, a instituição disse que diminuiu "expressivamente" suas previsões para a atividade econômica em 2009, mas que ainda espera recuperação moderada para 2010.

O cenário para o emprego é ainda pior. A taxa de desemprego, que em novembro atingiu o maior nível desde 1993 (6,7%), deverá continuar crescendo até 2010. Além do agravamento no desemprego, o Fed viu pioras em praticamente todos os setores da economia, como o recuo da produção industrial, a queda nos gastos das empresas e das famílias, e a piora na confiança dos consumidores.

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