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Após iniciar o pregão em baixa de 5%, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera instável nesta quinta-feira (23), influenciada nas duas pontas pela alta registrada em Nova York e pelos temores globais de recessão. Às 14h05, o índice Bovespa - referência para o mercado nacional - apontava baixa de 1,05%, aos 34.700 pontos.

No início da tarde, a Bovespa chegou a registrar alta de mais de 1%. Nos EUA, o Dow Jones registra valorização, mudando de direção em relação aos resultados da manhã.

No início do dia, novos sinais de recessão nas principais economias mundiais deixaram os mercados financeiros nervosos. O Ministério das Finanças da Alemanha informou que o PIB do país ficou estagnado no terceiro trimestre, após, o recuo de 0,5% do segundo trimestre. No Japão, o superávit comercial do país despencou 85,6%, a maior queda desde o início da série, em 1980.

Ação do BC faz dólar voltar a cair

Além disso, os empréstimos bancários entre países caíram em US$ 1,1 bilhão no segundo trimestre de 2008, sua maior queda em dez anos, anunciou o Banco de Pagamentos Internacionais (BIS).

Os bancos também foram atingidos por saques de US$ 1 bilhão, particularmente por parte de clientes em Estados Unidos, Grã-Bretanha e Suíça, segundo dados do Banco Central dos bancos centrais. Cenário doméstico

No Brasil, os investidores analisam a decisão do governo de zerar a alíquota do IOF sobre aplicações em renda fixa e títulos públicos, o que aumenta a rentabilidade das aplicações no Brasil. A medida vale para compra de títulos públicos e aplicações em renda fixa realizadas por estrangeiros. Para bolsa de valores, a alíquota já estava zerada e permanece assim.

No mercado cambial, repercute o anúncio do Banco central (BC) que poderá gastar até US$ 50 bilhões em contratos de 'swap' para conter a alta do dólar. A moeda americana, que apontava uma forte valorização no início do pregão, imediatamente reverteu de curso e agora aponta para baixo.

Também é observada a divulgação de novos indicadores da economia nacional. O nível de desemprego de setembro ficou em 7,6%, a menor já registrada para o mês na série histórica. Já a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) teve alta de 0,30% em outubro, acumulando elevação de 5,28% no ano e de 6,26% nos últimos doze meses

Panorama externo

Na Europa, os mercados registram tendência indefinida nesta quinta-feira, depois de operar durante boa parte do dia com quedas acentuadas. Por volta das 13h15 de Brasília, o indicador FTSE-100, da Bolsa de Londres, subia 1,13%. Em Paris, o CAC-40 ganhava 1,28% e em Frankfurt o DAX caía 1,00%.

Pelo segundo dia, a bolsa de Madri lidera as perdas na região, com baixa de 2,59%. O mercado espanhol sofre as conseqüências das pesadas perdas da Bolsa de Buenos Aires, com a decisão da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, de enviar ao Congresso um projeto de lei para reestatizar a previdência no país.

Na Ásia o pregão foi de perdas. O maior prejuízo foi registrado na Coréia do Sul. O principal índice de Seul, o Kospi, terminou o pregão com perdas de 7,48%, a segunda maior baixa do ano. A Bolsa de Valores de Tóquio também sofreu prejuízo de 2,46%. Em Xangai, o indicador geral concluiu a sessão em baixa de 1,07%.

Interrupção dos negócios

Na quarta-feira, a Bovespa fechou em forte queda, em pregão marcado pela interrupção dos negócios durante a tarde após recuo de 10% nas cotações. No final do dia - cujo pregão foi prorrogado devido à paralisação - o índice Ibovespa, o principal do mercado nacional, marcou baixa de 10,18%, aos 35.069 pontos.

O resultado do fim do dia representa o pior resultado em pontos dos últimos 25 meses, além de uma desvalorização de aproximadamente 45,1% no acumulado de 2008 - o índice encerrou o ano passado aos 63.886 pontos.

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