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Em dia de agenda econômica fraca e baixa oscilação nos mercados internacionais, a disputa por opções marcou os negócios da Bovespa, que fechou com leve baixa, puxada pelo mau desempenho das ações da Vale.

O Ibovespa retrocedeu 0,16 por cento, para 64.437 pontos. Mesmo com a segunda baixa seguida, ainda acumulou valorização de 1,3 por cento na semana.

E a despeito da pasmaceira no noticiário econômico, o giro financeiro do pregão totalizou 6,58 bilhões de reais, acima da média diária recente.

De acordo com profissionais do mercado, após os índices terem tocado as máximas em mais de um mês, em meio à menor tensão com a crise fiscal europeia, a disposição para continuar comprando ações murchou.

O motivo para isso seriam os sinais desencontrados da economia dos Estados Unidos divulgados esta semana, mostrando que a retomada após a crise está ocorrendo de forma irregular.

"Teve um alívio após um período de extrema aversão a risco. Agora o mercado está buscando um novo patamar de preços de olho nos dados que estão saindo", disse o diretor de renda variável da Capital Investimentos, Fernando Barbará.

O principal índice europeu de ações ainda teve a oitava alta seguida, por sinais de autoridades da zona do euro de que os testes de estresse com bancos da região serão divulgados até julho, o que foi interpretado como sinal de que o sistema financeiro europeu está melhor do que se esperava.

Em Wall Street, em dia marcado pelo exercício quádruplo dos contratos de futuros, os índices fecharam com leve alta e o S&P 500 manteve-se acima da média móvel de 200 dias, indicando tendência de ascensão.

Com isso, as atenções na bolsa paulista se voltaram para as blue chips, foco da briga pelos contratos de opções sobre ações, que tem vencimento na próxima segunda-feira. O papel preferencial da Vale, responsável por cerca de um terço do giro do pregão, caiu 1,3 por cento, a 40,67 reais, sendo determinante para o desempenho negativo do Ibovespa.

O dia também foi de realização de lucros no setor de siderurgia, movimento pontuado por CSN, que caiu 1 por cento, a 26,87 reais.

Na ponta de cima do Ibovespa, Cesp subiu 4,5 por cento, a 25,48 reais. Pouco atrás, Braskem teve alta de 2,9 por cento, cotada a 12,40 reais.

Formc e confiança no radar

Na próxima semana, as atenções se voltam para a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês para o Copom norte-americano), novos dados do setor imobiliário e de confiança do consumidor dos EUA. No Brasil, os investidores esperam pelo IPCA-15 e por dados do Banco Central referentes às operações com crédito em maio.

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