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Alto Rio Grande tem metais de alto valor comercial, como cobalto, ferro, níquel, cobre e manganês. | Divulgação Nautilos Minerals
Alto Rio Grande tem metais de alto valor comercial, como cobalto, ferro, níquel, cobre e manganês.| Foto: Divulgação Nautilos Minerals

O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) assina nesta segunda-feira (9) um contrato de 15 anos para a exploração de crostas ricas em cobalto, níquel, platina, manganês, tálio e telúrio no Atlântico Sul. O acordo será firmado com a Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (Isba), órgão vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU), que regulamenta atividades realizadas na área internacional dos oceanos, considerada “patrimônio comum da humanidade”.

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O contrato autoriza o Brasil a explorar economicamente recursos minerais em uma área de 3 mil km2, divididos em 150 blocos em uma região do Oceano Atlântico conhecida como Alto do Rio Grande, localizada em águas internacionais a cerca de 1.500 km do Rio de Janeiro.

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De acordo com o CPRM, esse é o primeiro contrato do tipo firmado pela Isba com um país do Hemisfério Sul. Entre os países com autorização para exploração de plataformas oceânicas em águas internacionais estão França, Alemanha, Noruega, Rússia, China, Coreia do Sul e Japão.

Investimentos

Apesar do contrato ser firmado só agora, nos últimos cinco anos o Brasil já investiu cerca de R$ 60 milhões em pesquisas no Atlântico Sul com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Além disso, desde 2009 foram realizadas diversas expedições ao Alto do Rio Grande para coleta de dados, além de 18 toneladas de amostras geológicas. Para desenvolver o plano de trabalho previsto no contrato, entretanto, serão necessários mais US$ 11 milhões.

Segundo o CPRM, os primeiros cinco anos do acordo serão dedicados a realização de estudos que servirão de referência para o monitoramento do meio ambiente na região. Duas expedições de levantamento ambiental irão coletar dados geofísicos oceanográficos, amostragem de água, da mineralogia, petrografia, além de realizar estudos geoquímicos na região.

Essas informações serão usadas para o monitoramento ambiental e definição das principais áreas de interesse para exploração mineral. Posteriormente, serão avaliadas as características mineralógicas, estruturais e geomorfológicas das áreas de interesse. Por fim, serão selecionadas áreas para o estudo da viabilidade econômica, ambiental e técnica dos depósitos minerais identificados.

Parque tecnológico

O governo espera que a iniciativa fomente o desenvolvimento científico e a criação de um parque tecnológico capaz de criar novas tecnologias e equipamentos para dar suporte aos trabalhos de pesquisa.

O contrato inclui ainda o compromisso brasileiro em oferecer oportunidades de treinamento para técnicos de países em desenvolvimento. Segundo o CPRM, o projeto envolveu cerca de 80 pesquisadores de diversas instituições e universidades até o momento.

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