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O crescente interesse mundial pelo uso de biocombustíveis, seja por pressões ambientais, pela segurança energética ou para gerar renda no setor agrícola, aliado perspectiva de crescimento da frota de automóveis nos países em desenvolvimento, são oportunidades para o mercado do etanol brasileiro. A avaliação é do diretor-executivo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Eduardo Leão de Sousa. O cenário econômico mundial oferece uma oportunidade ímpar para o país se consolidar como um líder global na política de combustíveis, disse Souza ao participar nesta terça-feira (11) de um evento do Tribunal de Contas da União sobre a matriz energética brasileira.

O diretor da entidade lembrou que há perspectivas de exportações do etanol brasileiro, tanto para os Estados Unidos como para a União Européia. Segundo ele, a revisão das barreiras tarifárias impostas pelos norte-americanos já começou a ser discutida e a União Européia já pensa em estabelecer proporções de biocombustíveis a serem misturados no combustível vendido aos consumidores.

Souza destacou a necessidade de um planejamento estratégico da matriz brasileira de combustíveis, com uma clara diretriz sobre a participação do etanol. Este é um momento extremamente importante para evitarmos políticas que não sinalizam claramente como o governo enxerga sua matriz nos próximos anos, afirmou.

Para ele, a política de combustíveis do país deve atender s expectativas dos diversos agentes diretamente envolvidos, como produtores, montadoras de veículos e consumidores. Esse é o grande desafio que deve ser enfrentado o mais cedo possível para assegurarmos uma matriz energética mais diversificada , com menor dependência do petróleo e crescente participação de renováveis, avaliou.

Para o superintendente de planejamento e pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Florisval Rodrigues de Carvalho, que também participou do encontro, o principal desafio do setor energético é definir as fontes de financiamento da exploração do petróleo da camada pré-sal, diante do cenário econômico atual. Ele também lembrou que há limitações técnicas para a perfuração dos poços já encontrados, além de dúvidas quanto existência de hidrocarbonetos em condições de alta pressão e temperatura.

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