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Genebra, Suíça – A produção mundial de açúcar em 2006/2007 poderá bater todos os recordes e o Brasil deve ocupar o espaço deixado pelo açúcar europeu no mercado internacional diante da redução de subsídios à exportação. A avaliação é de analistas do setor. Segundo estimativas, o Brasil deve dominar metade do mercado mundial em cinco anos.

O país conseguiu que a Organização Mundial do Comércio (OMC) condenasse os subsídios praticados pela União Européia no setor do açúcar que foi obrigada a rever sua política. Para a safra 2005/2006, a decisão teve pouco impacto, principalmente porque os europeus se anteciparam e colocaram no mercado internacional o açúcar que estaria em condições ilegais.

Para 2006/2007, o cenário deve começar a mudar, segundo os analistas. A expectativa é que cerca de 5 milhões de toneladas de açúcar da Europa deixariam de ser despejadas no mercado internacional. Para a International Sugar Organization, porém, essa redução não deverá afetar o abastecimento do produto, já que o Brasil ocupará o vácuo criado.

Para analistas estrangeiros, a produção nacional de açúcar deve ganhar cada vez mais o mercado mundial, mesmo com a necessidade de abastecer o mercado doméstico de etanol. Atualmente, as exportações do país, de cerca de 17 milhões de toneladas de açúcar, correspondem a 40% das vendas mundiais. Até 2010, o volume pode subir para 24 milhões de toneladas, ou 50% do mercado internacional. Já a produção nacional de etanol deve passar de 16 bilhões de litros neste ano para 27 bilhões nos próximos cinco anos diante do aumento da demanda doméstica e internacional.

Segundo os analistas do setor açucareiro, porém, o Brasil terá de resolver alguns gargalos de infra-estrutura para conseguir dar vazão a suas exportações de açúcar, principalmente no que se refere a transportes.

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