Em algum momento daqui até o fim do ano, provavelmente em novembro, o número de acessos de telefonia móvel no Brasil ultrapassará o total da pessoas. O País deve fechar o ano com cerca de 200 milhões de celulares, para uma população de 193,2 milhões.
Isso não quer dizer que todas as pessoas terão telefones. O que acontece é que cada vez mais consumidores têm dois ou mais chips principalmente pré-pagos, interessados em aproveitar a melhor promoção em vigência. Pelos cálculos de algumas operadoras, cerca de 30% da base tem mais de um chip.
Outro fenômeno que impulsiona o crescimento é proliferação de outras máquinas, que não celulares, equipadas com chips de telefones móveis. São modems de banda larga sem fio, rastreadores de veículos, leitores de cartões de crédito e de débito, medidores de consumo de eletricidade e máquinas de venda automática, entre outros.
Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), havia, em julho, 5,4 milhões de terminais de dados com chips de celular, num total de 164,9 milhões de acessos de telefonia móvel.
"O número de acessos deve continuar crescendo", afirmou Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco, que prevê os 200 milhões de celulares para o fim do ano. "Mas será cada vez mais difícil para as operadoras ganharem receita com o crescimento dos acessos. A receita de voz está caindo", explicou Tude.
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