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Por cautela, já que os efeitos ainda não aparecem na renda, os brasileiros estão migrando das marcas mais caras para as mais baratas. Artigos de limpeza são os campeões na perda de consumidores que não estão mais dispostos a pagar por marcas premium. No geral, os produtos de custo baixo e intermediário já predominam na cesta de compras, como aponta estudo da empresa de pesquisas LatinPanel ao comparar o consumo residencial em 2008 com o de 2007.

No segmento de limpeza, a movimentação foi mais sentida com aumento de seis pontos porcentuais entre os consumidores que trocaram as marcas por oferta de preço no ano passado. Essa migração representou queda de 21% em valor no segmento, mesmo sem ter ocorrido redução do volume de compras. Itens como água sanitária e detergente em pó estão entre os que mais perderam compradores de marcas mais caras.

"As famílias estão readequando o orçamento, já que não deixam de comprar embora estejam seletivas com o que compram", diz Fátima Merlin, diretora de varejo da LatinPanel. "O avanço dos artigos de preços baixos e intermediários, em detrimento das marcas premium, é uma medida de cautela e poderá se expandir ao longo deste ano, se o atual cenário econômico vier a piorar com a aceleração do desemprego.

O volume total das compras no universo pesquisado pela LatinPanel - que monitora 70 categorias de bens não duráveis em 8,2 mil domicílios no País - apontou, em 2008, crescimento de 2% em relação ao ano anterior. É um porcentual inferior aos 4% de aumento em 2007 ante 2006, mas indica, como avalia Fátima, que os ganhos de renda entre 2005 e 2007 com as melhorias salariais não se diluíram. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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