Governo espera privatizar Eletrobras em 2022.
Erro de cálculo poderia inviabilizar venda da estatal, aponta veículo.| Foto: Divulgação

As ações preferenciais da Eletrobras caíram 3,1% no pregão desta quarta-feira (2) em reação à notícia veiculada pelo jornal "Valor Econômico" de que um suposto erro de cálculo de outorga poderia inviabilizar a privatização da empresa. Na manhã desta quinta-feira (3), as ações estão subindo pouco mais de 1%. As ações ordinárias, por sua vez, caíram 2,14% na quarta e agora operam com alta de 0,6%.

De acordo com o veículo, o gabinete do ministro Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União (TCU), teria identificado um erro metodológico nos estudos técnicos referentes à privatização da Eletrobras, apontando para uma subavaliação "expressiva" no valor da outorga, definido em R$ 23 bilhões. Os estudos e a modelagem da operação de capitalização são liderados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Com a correção - que deve ser apontada pelo ministro Vital do Rêgo até o início de março - o valor a ser pago ao governo pelos novos donos da empresa subiria consideravelmente, podendo, inclusive, inviabilizar a venda, na visão de alguns especialistas.

Segundo apurou o "Valor", a notícia teria sido recebida com "irritação" no Ministério da Economia, que teria apontado, ainda, ação política para tumultuar a venda da estatal.

Em dezembro, o tribunal adiou pela segunda vez a decisão sobre o processo de privatização. O aval do TCU é essencial para reduzir chances de judicialização do processo de venda. Ele também dá segurança jurídica aos interessados. A operação de capitalização só poderá ser realizada após o aval final do órgão.