Ex-todo-poderoso da aliança Renault-Nissan em coletiva de imprensa no Líbano
Ex-todo-poderoso da aliança Renault-Nissan em coletiva de imprensa no Líbano| Foto: Joseph Eid/AFP

Na primeira entrevista que concedeu em 14 meses desde que foi preso, acusado de fraude financeira pelas autoridades japonesas, o ex-presidente da aliança Renault-Nissan, Carlos Ghosn, afirmou que o caso contra ele foi construído porque "o único jeito que eles [a Nissan] tinham de se livrar da Renault era se livrando de mim. E eles estavam certos". Segundo o executivo, a estratégia funcionou, no sentido de que hoje a Renault tem pouca informação sobre o que acontece no dia a dia da Nissan, "mas o resultado não foi o que eles esperavam", disse, em referência ao desempenho da montadora japonesa, que caminha para o pior resultado em 11 anos. Em Beirute, Ghosn afirmou que as acusações contra ele não tem embasamento; ainda que o sistema japonês é corrupto e o considerou culpado desde o 1º dia de prisão. Ghosn não explicou como fugiu da prisão domiciliar, mas reafirmou considerar que não teria direito a ampla defesa, citando que a taxa de condenação no Japão é de 99%.