Alta na indústria não recupera perdas, nem inicia reação
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A alta de 0,8% na produção industrial em agosto ante julho ainda não foi suficiente para recuperar perdas passadas, nem pode ser considerada o início de uma trajetória sustentada de crescimento avaliou André Macedo, gerente na Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar da melhora, o setor industrial ainda opera 17,3% abaixo do pico alcançado em maio de 2011. Na comparação com agosto de 2018, a produção encolheu 2,3%. De janeiro a agosto, a indústria acumula uma perda de 1,7%. A taxa em 12 meses também recua 1,7%. Os dados são da Produção Industrial Mensal - Produção Física.

"Esse resultado está longe de recuperar as perdas do passado, também está longe de representar o início de uma trajetória de crescimento", afirmou Macedo. "O avanço nesse mês é claro que é um sinal positivo, até pela magnitude da taxa, mas é preciso ficar atento a sustentação desse crescimento. São poucas atividades com avanços. Então é preciso um pouco de cautela com esse resultado. Outras atividades com encadeamento importante com outros setores industriais, como veículos automotores, permaneceram no negativo", completou o pesquisador.