“A empresa [Eletrobras] e a sociedade brasileira talvez tenham que arcar com os custos do fechamento de Angra 3”, alerta Montezano sobre eventual falha no processo de privatização da Eletrobras.
“A empresa [Eletrobras] e a sociedade brasileira talvez tenham que arcar com os custos do fechamento de Angra 3”, alerta Montezano sobre eventual falha no processo de privatização da Eletrobras.| Foto: Valter Campanato/Agencia Brasil

Se a privatização da Eletrobras - ainda sob análise do Tribunal de Contas da União (TCU) - não for concluída como espera o governo, há chances razoáveis de as obras da usina nuclear Angra 3 não serem concluídas, afirmou o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, nesta quinta-feira (7).

"A empresa [Eletrobras] e a sociedade brasileira talvez tenham que arcar com os custos do fechamento de Angra 3", disse ele durante sua participação no evento "Diálogo Público: Modelo de Capitalização da Eletrobras", realizado pelo TCU nesta quinta.

A retomada das obras, iniciadas em 1984 e paradas desde 2015, foi aprovada pelo Conselho de Administração da Eletrobras em janeiro deste ano. A expectativa do governo é concluí-las em 2025. "As consequências para o Brasil e para a empresa soam notoriamente claras em favor de que operação de desestatização seja realizada, tal qual foi aprovada no Congresso e modelada pelo BNDES", afirmou Montezano.

Ainda segundo ele, se a privatização não for levada a cabo, a renovação da concessão da usina hidrelétrica Tucuruí, que expira em 2024, poderá ser prejudicada. Durante o evento, o ministro Paulo Guedes também alertou para possíveis consequências com a não privatização da estatal, como, por exemplo, o risco para a segurança energética brasileira.