O secretário especial de Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago.
O secretário especial de Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago.| Foto: Washington Costa/Ascom/ME.

O secretário Especial do Tesouro e do Orçamento do Ministério da Economia, Esteves Colnago, afirmou nesta segunda-feira (25) que o governo deve definir em R$ 400 o valor do Auxílio Brasil no Orçamento de 2023. De acordo com o secretário, o entendimento da equipe econômica é que a legislação não obriga o pagamento do adicional de R$ 200.

O valor adicional foi definido na PEC dos Benefícios e será pago até dezembro de 2022. O governo anunciou nesta segunda que irá adiantar o pagamento da primeira parcela do Auxílio Brasil turbinado em agosto. Além disso, as duas primeiras parcelas do auxílio caminhoneiro serão depositadas no dia 9 de agosto.

"Hoje, nosso entendimento é que o marco legal não nos traria uma obrigação ou uma necessidade de colocar [o Auxílio Brasil] no PLOA [Projeto de lei Orçamentária Anual] para 2023", disse o secretário. A PEC dos Benefícios gera R$ 41,2 bilhões em despesas excepcionais, ou seja, fora do teto de gastos, divididos entre benefícios sociais. As medidas valem de 1° de agosto até 31 de dezembro de 2022.

O secretário disse ainda que o valor teria que se adequar ao teto de gastos, regra que limita o crescimento das despesas públicas à inflação e obriga o corte de gastos. De acordo com ele, as despesas discricionárias (não obrigatórias) estão em torno de R$ 120 bilhões a R$ 130 bilhões ao ano e o aumento no benefício levaria a um corte nesses gastos, reduzindo-as para R$ 70 bilhões. "É um desafio considerável para gente conseguir manter [o auxílio em R$ 600]", destacou.