O Comitê de Política Monetária (Copom) define a taxa de juros básica do Brasil, a Selic.
O Comitê de Política Monetária (Copom) define a taxa de juros básica do Brasil, a Selic.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governo vai deixar de pagar R$ 418 bilhões de juros da dívida pública entre 2019 e 2022, segundo as novas estimativas feitas pelo Ministério da Economia e que serão apresentadas a investidores e agências internacionais de classificação de risco. Segundo o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, a redução do custo está atrelada à queda da taxa básica de juros, a Selic, que está na mínima histórica (4,5% ao ano). Isso permite que o governo pague menos para se financiar no mercado.

A dívida pública é emitida pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal. Ou seja, para pagar despesas que ficam acima da arrecadação com impostos e tributos. Este ano, deve fechar em R$ 5,31 trilhões, o equivalente a 73,1 % do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas do País. Só neste ano, os números apontam uma economia de juros de R$ 68 9 bilhões. O maior valor será verificado em 2020 (R$ 120 bilhões), no ano seguinte será de R$ 109,4 bilhões e no último ano do mandato de Jair Bolsonaro, de R$ 119,3 bilhões.