O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica, André Pepitone, afirmou que a Aneel deve aprovar ainda neste mês de junho uma revisão das bandeiras tarifárias, as cobranças adicionais incluídas na conta de luz do consumidor para arcar com gerações mais caras, como a térmica. Segundo Pepitone, o reajuste pode ultrapassar os 20% na bandeira vermelha 2 (atualmente em vigor). Uma alta dessa dimensão levaria o valor extra cobrado para além dos R$ 7,57 a cada 100 quilowatts/hora consumidos. Hoje, o extra cobrado na bandeira vermelha 2 é de R$ 6,24 a cada 100 kWh.
A alteração nos valores é a primeira desde 2019 e foi tema de consulta pública realizada pela Aneel entre março e maio. Segundo Pepitone, não há discussão para criação de novos patamares, mas os adicionais devem, sim, ser revisados para suprir adequadamente a energia mais cara que deve atender a demanda do país diante da atual crise hídrica. O diretor da agência falou sobre o reajuste em estudo durante audiência pública realizada pela Comissão de Minas e Energia da Câmara.
Os novos valores das bandeiras tarifárias ainda não estão confirmados, mas as alterações propostas pela Aneel durante a consulta pública preveem uma redução na bandeira amarela (que passaria R$ 1,34 para R$ 0,99 por 100 kWh consumidos) e aumentos nas bandeiras vermelhas. O patamar 2 obedeceria a revisão já citada; o 1 passaria a custar R$ 4,599 contra os R$ 4,169 a cada 100 kWh praticados atualmente.