A definição leva em consideração a origem do cacau, as características genéticas e a qualidade da fermentação das amêndoas
A definição leva em consideração a origem do cacau, as características genéticas e a qualidade da fermentação das amêndoas| Foto: MÁRCIO FERREIRA/ARQUIVO AG. PARÁ

O Brasil foi oficialmente reconhecido pela Organização Internacional do Cacau (ICCO, na sigla em inglês) como país exportador de 100% de cacau fino e de aroma. A inclusão no rol de países certificados no Acordo Internacional do Cacau, ocorreu na quinta-feira, 12. A certificação, que dá status diferenciado para países que exportam o produto, é feita desde 1972.

No documento aprovado, o Conselho da ICCO registra que, "embora as exportações de amêndoas de cacau sejam pequenas em volume, o painel reconheceu a apresentação de dados mostrando a situação do país como exportador exclusivo de amêndoas de cacau fino ou de aroma". Segundo o Ministério da Agricultura, o cacau fino e aromático é identificado por apresentar sabores diferenciados, como frutados, florais, amadeirado, entre outros.

O comércio mundial de cacau e chocolate fino atende a um mercado de nicho e representa menos de 5% do total comercializado entre os países. Contudo, o produto tem preço elevado no mercado. A expectativa do governo brasileiro é que o reconhecimento possa aumentar o interesse do mercado internacional pelo cacau produzido na Mata Atlântica e na Amazônia.