A ministra da Agricultura, Pecuaria e Abastecimento, Tereza Cristina, durante o lancamento da Camara da Cerveja.  (A ministra da Agricultura, Pecuaria e Abastecimento, Tereza Cristina, durante o lancamento da Camara da Cerveja. , ASCII, 117 comp
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina.| Foto: Marcelo Camargo/Agencia Brasil

A ministra da Agricultura, Agropecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, afirmou nesta quarta-feira (2) que o Brasil tem fertilizantes suficientes até outubro. As principais fontes de importação dos produtos usados na agricultura brasileira são os países do leste europeu. Tereza Cristina afirmou, em entrevista à CNN Brasil, que não há riscos de desabastecimento, mas a escalada dos preços preocupa. "É preocupante, mas temos que fazer ações imediatas para que a gente tenha o mínimo de dano possível", disse.

"Posso dizer que não teremos problemas pelo tamanho da nossa agricultura, por tudo que a gente tem, inclusive de novas tecnologias", disse a ministra. O Brasil importa cerca de 85% dos fertilizantes que consome, do chamado grupo NPK: nitrogenados, fósforo e potássio. As sanções financeiras que vêm sendo aplicadas à Rússia pela invasão à Ucrânia devem atingir as exportações de fertilizantes.

Assim como Belarus, um dos principais fornecedores de potássio, que vem enfrentando embargo dos Estados Unidos e da União Europeia devido às práticas anti-democráticas do presidente Alexander Lukashenko. "Com a sanção da União Europeia, mandavam produtos por países vizinhos, como a própria Ucrânia, e isso não será mais permitido. Então, isso realmente fecha esse mercado de potássio de Belarus, que já estava fechado, mas agora as sanções estão mais fortes", disse a ministra.

Tereza Cristina afirmou que viajará no dia 12 para o Canadá, para negociar aumento de fornecimento de potássio para o Brasil. "O nosso maior gargalo no Brasil é o potássio. Nós importamos mais de 90% do que consumimos. Esse é o produto que temos mais preocupação. Cada vez mais o Brasil e outros países vão precisar desse fornecimento do Canadá", disse.