No documento, secretários estaduais da Fazenda alertam que a crise sanitária está longe do fim e não há definição do calendário de imunização da população.
No documento, secretários estaduais da Fazenda alertam que a crise sanitária está longe do fim e não há definição do calendário de imunização da população.| Foto: Geraldo Magela/Agência Senado/Geraldo Magela/Agência Senado

O recrudescimento da pandemia de Covid-19 levou secretários estaduais de Fazenda a assinar uma carta ao Congresso Nacional pedindo a adoção de "medidas urgentes" contra a segunda onda da doença no Brasil. No documento, eles alertam que a crise sanitária está longe do fim e não há definição do calendário de imunização da população. O País ainda não garantiu sequer todas as doses necessárias para imunizar os integrantes do grupo de risco. Os secretários pedem a prorrogação do estado de calamidade pública e do orçamento de guerra, expirado no último dia de 2020, por mais seis meses, além de uma nova rodada de auxílio emergencial às famílias necessitadas.

"Lamentavelmente, ao contrário do que esperávamos, a pandemia ainda não chegou ao fim. Ainda não está definido o calendário nacional de vacinação do país e os dados de evolução de mortes e da taxa de contágio estão em níveis alarmantes e, com a volta da lotação de leitos hospitalares e dos recordes de casos, esse início de ano está sendo similar às piores semanas de julho, agosto e setembro, segundo os especialistas têm ressaltado e conforme é possível acompanhar pelas diversas mídias", diz a carta. No documento, o grupo também pede a suspensão do pagamento de precatórios (valores devidos após sentença definitiva na Justiça) e mais um adiamento no pagamento das dívidas dos Estados com a União, bancos públicos e organismos multilaterais por 12 meses a partir de 1º de janeiro de 2021.

Assinam a carta o presidente do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados (Comsefaz), Rafael Fonteles, que atua no Piauí, além dos secretários de Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins.