O presidente da CCJ do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
O presidente da CCJ do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).| Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado adiou pela quarta vez a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária. A suspensão foi motivada pela falta de consenso, que ocasionou um movimento dos senadores contrários à proposta para evitar o quórum mínimo necessário para o início da sessão. O grupo era composto principalmente por parlamentares do MDB, do Podemos e do PSD. Como apenas 13 senadores estiveram presentes o presidente da Comissão, senador Davi Alcolumbre (União-AP), cancelou a reunião. Ainda não há previsão para uma nova sessão.

Segundo informações da Agência Senado, a matéria já recebeu 252 emendas, das quais quase 70 foram acatadas, mas ainda não há consenso entre os membros da CCJ para sua análise. Relator da matéria, o senador Roberto Rocha (PTB-MA) mostrou indignação com o novo adiamento da votação e afirmou não entender a razão do boicote ao projeto.

“Ao longo desses últimos três anos conseguimos construir o texto que mais avançou até hoje no que diz respeito a reforma tributária. Estamos tratando de uma reforma na base consumo, não estamos tratando da base renda, nem patrimônio. Ou seja, é a base onde está a maioria da população brasileira, sobretudo a mais pobre.”