Risco de racionamento
Após chuvas registradas em setembro e com previsão da chegada do período úmido dentro dos padrões, risco de racionamento caiu.| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Com melhora no cenário hidrológico brasileiro no mês de setembro e reservatórios em níveis acima do esperado, caiu o risco de racionamento em meio à crise hídrica nas avaliações da XP e da consultoria PSR, especializada no setor elétrico.

Conforme relatório assinado pelos analistas Victor Burke e Maíra Maldonado, da XP, a situação é mais confortável do que a prevista inicialmente, o que levou a uma atualização das estimativas. Agora, a probabilidade de racionamento nos próximos 12 meses é calculada em 12,1% contra 17,2% apontados em relatório anterior. Apesar dessa queda, apagões ainda são considerados possíveis pelos especialistas. "Embora o risco de racionamento tenha diminuído, a menor geração hídrica no Sudeste exige trazer mais energia das regiões Norte e Nordeste, o que coloca mais pressão no sistema de transmissão e exige uma operação com menos backups para atender a demanda de energia. Isso significa que o sistema ficará mais vulnerável à distúrbios como incêndios florestais, tempestades e falhas humanas", escreveram Maldonado e Burke.

Já análise feita pela PSR indica risco de racionamento bem mais baixo, de 3%, após o volume de chuvas que começou a chegar em setembro. Em relatório anterior o risco apontado era de até 20%. A avaliação é de que, diferente de 2020, não há sinal de atraso no período úmido, condição que se soma à operação antecipada de projetos de geração e de transmissão de energia que devem aliviar a pressão sobre a oferta.