O Congresso Nacional (à esquerda) e o Palácio do Planalto (ao fundo) vistos a partir do Supremo Tribunal Federal: plenário do STF decidirá desoneração da folha de pagamento, que opõe Legislativo e Executivo.
O Congresso Nacional (à esquerda) e o Palácio do Planalto (ao fundo) vistos a partir do Supremo Tribunal Federal: plenário do STF decidirá desoneração da folha de pagamento, que opõe Legislativo e Executivo.| Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

A desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia, que o Congresso prorrogou até o fim de 2021, será decidida pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). Na sexta (18), o ministro Ricardo Lewandowski aplicou rito abreviado ao processo, permitindo que ele seja avaliado diretamente pelo conjunto dos ministros, sem avaliar o pedido de liminar. A prorrogação dessa renúncia fiscal – que terminaria no próximo dia 31 – foi aprovada pelos parlamentares e depois vetada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas na sequência o Congresso derrubou o veto.

Na última terça-feira (15), a pedido do Ministério da Economia, a Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu ao Supremo para derrubar a desoneração. O governo alega que a reforma da Previdência proibiu novas renúncias fiscais desse tipo, ao passo que o Congresso argumenta que a própria reforma permite tratamento diferenciado a leis anteriores à promulgação da reforma.

Na ação, a AGU também afirma que a prorrogação da desoneração vai gerar perda de receita de R$ 10 bilhões e engessar mais o Orçamento da União.