Possibilitar a comunicação entre pessoas sem a necessidade de falar, escrever ou gesticular. Esse é um dos objetivos do Facebook para o futuro e talvez não esteja tão distante quanto se possa imaginar. Há alguns dias, a empresa anunciou avanços no desenvolvimento de um novo modelo de óculos de realidade aumentada, que poderia ser comandado pelo cérebro. “A última década foi de grandes avanços na neurociência – nós sabemos bastante sobre como o cérebro entende e produz discursos. Ao mesmo tempo, novas pesquisas em inteligência artificial melhoraram nossa habilidade de transformar discursos em textos. Juntas, essas tecnologias podem um dia ajudar pessoas a se comunicar imaginando o que querem dizer”, informou a empresa de Mark Zuckerberg em texto publicado no seu blog de tecnologia. O trabalho está sendo desenvolvido em parceria com pesquisadores da Universidade da Califórnia.
O principal desafio da equipe é conseguir adotar métodos não invasivos, ou seja, sem eletrodos em contato direto com o cérebro. Uma das vertentes é detectar a atividade cerebral através do monitoramento dos níveis de oxigênio no órgão. “Se medir a oxigenação jamais deverá permitir que decodifiquemos sentenças imaginadas, estar habilitado a reconhecer alguns comandos imaginados, como ‘casa’, ‘selecionar’ e ‘deletar’ possibilitaria novas formas de interação com os sistemas atuais de realidade virtual e os futuros óculos de realidade aumentada”, explica o Facebook no comunicado. O objetivo inicial, de acordo com a companhia, é ajudar na comunicação de pessoas com deficiência cerebral. O prazo estimado para que a tecnologia seja disponibilizada é de cinco a dez anos.