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Fábrica da Ford em Camaçari (BA): multinacional norte-americana anunciou em janeiro o fim de sua produção no Brasil.| Foto: Divulgação/Ford

A direção da Anfavea afirmou nesta terça-feira (8) que a crise no abastecimento de componentes eletrônicos não tem solução de curto prazo, devendo provocar novas paradas de produção de automóveis até o fim do ano. Ao observar que a capacidade de produção global de semicondutores não cobre a demanda deste ano, o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, lembrou de previsões de especialistas e fornecedores que apontam para uma normalização no fornecimento do insumo apenas em 2022.

Moraes disse que os semicondutores se tornaram o novo gargalo da indústria de transformação, levando a, conforme estimativas, perdas de 3% a 5% da produção global de veículos. "Até o fim do ano, podemos ter no mundo e no Brasil paradas por falta de semicondutores", disse o presidente da Anfavea.

A previsão da produção deste ano, de 2,5 milhões de veículos, não será alterada pois já levava em conta o risco de fornecimento.