Imagem de arquivo da produção da Ford em Camaçari, na Bahia
Sindicatos afirmam que a saída da montadora seria consequência da ausência de um projeto de reindustrialização do País por parte do governo de Jair Bolsonaro.| Foto: Divulgação/Ford

Um dia após o anúncio da saída da Ford do Brasil, representantes da montadora se reuniram em videoconferência com a presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Maria Cristina Peduzzi, na terça (12). Segundo a Corte, o diretor jurídico da Ford, Luís Cláudio Casanova, disse que a decisão de reestruturação da empresa na América Latina foi tomada diante de prejuízos obtidos anualmente, amplificados durante a pandemia da Covid-19.

De acordo com a assessoria, a presidente do TST lamentou o fechamento das unidades e o consequente desemprego gerado nas respectivas localidades. Cerca de 5 mil postos diretos de trabalho devem ser impactados pela decisão da montadora. Maria Cristina afirmou que a Justiça do Trabalho é "instrumento de pacificação, seja pela decisão, seja pela promoção da conciliação e da mediação pré-processual".

A Ford também terá que indenizar a rede de concessionários da companhia com base na Lei Renato Ferrari, de 1979. O ressarcimento, no entanto, deve ser celebrado com cada um dos 285 revendedores, baseado em um percentual sobre o faturamento, com acréscimo de valor adicional para cada cinco anos de contrato.